29 de março de 2024
solar
No Brasil Hoje

Potencia GC SolarGC 12,7GW

No Brasil Hoje

Potencia GD SolarGD 27,7GW

Como as descargas atmosféricas afetam os sistemas fotovoltaicos

O uso de DPS em sistemas fotovoltaicos tem como objetivo evitar que a descarga atmosférica direta ou indireta

Autor: 12 de maio de 2020outubro 4th, 2020Brasil
4 minutos de leitura
Como as descargas atmosféricas afetam os sistemas fotovoltaicos

Você sabia que o Brasil é líder mundial em registros de descargas atmosféricas, com uma média de 80 milhões de eventos por ano? A probabilidade de alguém ser atingido por um raio é muito baixa, menor que 1 para 1 milhão. No entanto, se a pessoa estiver em área descampada, sob uma tempestade forte, esta probabilidade pode aumentar em até mil vezes (chegando a 1 para mil).

Em São Paulo, por exemplo, a quantidade de descargas atmosféricas vem aumentando. Foram contabilizados 44,8 mil descargas no ano passado, contra 28 mil em 2018 – uma alta de 60%, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Mas quando falamos de sistemas fotovoltaicos, como a incidência de raios está relacionada? A instalação de um sistema solar vai muito além, por exemplo, do que apenas dimensionar a quantidade de módulos e inversores com o intuito de produzir a quantidade de energia necessária para compensar o consumo da conta de luz. Como qualquer outra instalação elétrica, devem-se tomar alguns cuidados com a proteção de equipamentos e de pessoas que frequentam o local, minimizando ou até mesmo eliminando eventuais riscos ligados à eletricidade. É aí que entra a importância do DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos).

O uso de DPS em sistemas fotovoltaicos tem como objetivo evitar que a descarga atmosférica direta ou indireta cause efeitos nefastos na instalação.

Para a proteção completa dos equipamentos deve haver pelo menos um DPS entre o arranjo fotovoltaico e o inversor e pelo menos um DPS entre o inversor e a rede elétrica. Essa topologia protege o inversor tanto de descargas no arranjo fotovoltaico como sobretensões advindas da rede externa à instalação.

“O uso do DPS, além de obrigatório pela norma, é muito inteligente porque é um componente de baixo custo – um DPS de boa qualidade custa em torno de R$ 200 a R$ 300, no máximo. Pensando no quesito facilidade, sabemos que existem alguns inversores que têm o DPS interno.

Nesses casos, deve-se avaliar se o DPS interno possui o nível de proteção adequado para a situação que será enfrentada. É preferível sempre também ter a opção do DPS substituível, para caso haja a queima do inversor”, explica Mateus Vinturini, especialista em sistemas fotovoltaicos do Canal Solar.

Vinturini diz ainda que o uso do DPS no Brasil não é muito levado a sério, situação que não deveria acontecer, já que isso é a causa de vários equipamentos queimados. “Não faz sentido economizar e correr esse risco.

Se economizo, vou ter o risco de ter uma descarga atmosférica que vai danificar o meu inversor. Não faz sentido a economia em não se usar DPS diante do tempo e do custo, principalmente do tempo, de se arranjar outro inversor ou de levá-lo para uma troca”, concluiu.

Mercado

Já existem dispositivos DPS próprios para sistemas fotovoltaicos, compatíveis com suas tensões típicas de operação e com terminais elétricos para a conexão dos dois polos no mesmo dispositivo.

Sendo assim, entre os DPS disponíveis no mercado, a empresa alemã Weidmuller possui uma linha que se destaca no setor.

“Possuímos uma linha de DPS de alta qualidade e confiabilidade na categoria de sistemas de energia, atendendo todas as normas. Para aplicação solar, temos versões de 1 kV e 1,5 kV que apresentam características como protetores plugáveis e substituíveis, com rápida ação de troca sem a necessidade de desconexão dos fios na base; indicação do status da queima, com fácil visualização da cor verde ou vermelha no próprio DPS; contatos para comunicação, com supervisão remota da situação do DPS; e novos dispositivos com classe I+II, garantindo uma melhor segurança para os equipamentos e instalações”, explica Wagner Ogura, gerente de Mercado de Energia da Weidmuller.

Ogura enfatiza ainda a importância do uso de DPS, já que o Brasil é um país com grande incidência de raios durante todo o ano.

“As plantas solares, sejam elas de grande, médio ou de pequeno porte, ficam suscetíveis a serem atingidas por surtos de tensão que acabam danificando toda a instalação do sistema. Pensando nisso, a Weidmuller vem trazendo segurança em suas aplicações, sendo ela na aplicação solar fotovoltaica ou em outra instalação elétrica com os DPS de fabricação própria”.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

Comentar

*Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Canal Solar.
É proibida a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes e direitos de terceiros.
O Canal Solar reserva-se o direito de vetar comentários preconceituosos, ofensivos, inadequados ou incompatíveis com os assuntos abordados nesta matéria.