Um levantamento da consultoria CELA (Clean Energy Latin America ) identificou que o Brasil possui 111 projetos de hidrogênio verde e derivados em desenvolvimento, com R$ 454 bilhões em investimentos anunciados. Os empreendimentos estão distribuídos por 15 estados e devem demandar cerca de 90 GW de capacidade instalada.
O mapeamento integra o plano estratégico da CELA para apoiar investidores, governos e empresas na transição energética. Os projetos incluem, além do hidrogênio, amônia verde, e-metanol e aço verde, considerados essenciais para descarbonizar setores como a agricultura e a indústria pesada.
A ferramenta lançada pela CELA traz uma visão da evolução dos projetos no país, incluindo a localização dos pólos emergentes, perfis dos compradores finais (offtakers), status dos empreendimentos e análises de modelos de negócios. “A transição energética está em curso no país – e o hidrogênio verde pode ter um papel central nesse processo”, afirma Camila Ramos, CEO da CELA.
Demanda de 90 GW
O estudo da consultoria indica que o Brasil tem forte competitividade na produção de amônia verde, com custos que variam entre US$ 539 e US$ 1.103 por tonelada, abaixo ou dentro da faixa da amônia produzida com combustíveis fósseis.
Já o hidrogênio verde pode ser produzido no país com custos nivelados entre US$ 2,83/kg e US$ 6,16/kg, em regiões estratégicas. A viabilidade econômica, aliada ao potencial renovável, reforça o papel do Brasil como futuro exportador de combustíveis verdes no entendimento da consultoria.
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