ABSOLAR defende aumento da participação mínima de renováveis em futuros leilões de sistemas isolados

O último certame, realizado na sexta-feira (26), exigiu um percentual mínimo de 22% de participação das fontes limpas
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Foto: Canva

O resultado do Leilão para Suprimento aos Sistemas Isolados 2025 realizado na última sexta-feira (26), marcou um passo importante para a inserção de fontes limpas em regiões desconectadas do SIN (Sistema Interligado Nacional). 

O certame contratou seis unidades de geração híbrida, somando 50,265 MW de potência e investimentos previstos de R$ 312,8 milhões, destinados suprimento para localidades no Amazonas e no Pará. 

Os contratos têm validade de 15 anos e início de fornecimento em dezembro de 2027. As soluções vencedoras combinam usinas solares com termelétricas a óleo diesel e sistemas de armazenamento em baterias. 

O leilão também foi o primeiro do país a exigir um percentual mínimo de 22% de participação de renováveis em cada projeto, além de precificar as emissões evitadas pela geração limpa associada. 

Ao todo, o SISOL 2025 contou com 241 projetos cadastrados, onde 39% eram formados por centrais termelétricas e 61% centrais híbridas (termelétricas + fotovoltaicas com ou sem armazenamento), segundo informe da EPE.

Análise do certame

Na avaliação da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o resultado do leilão representa um primeiro passo para ampliação do uso de baterias combinadas com geração solar, sobretudo nas áreas com ausência de rede elétrica. 

“Embora a contratação da tecnologia fotovoltaica com sistemas de armazenamento nos dois lotes do certame seja um bom primeiro passo, é necessário aumentar a fração mínima de renováveis nos futuros leilões do gênero”, comenta Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.

Leilão do sistema isolado contrata projetos híbridos com óleo diesel, solar e BESS

 

Segundo o dirigente, diversas aplicações com armazenamento e sistemas fotovoltaicos já são utilizadas em mercados internacionais, dado que são tecnologias consolidadas e com projetos em operação em diversos países. 

“Para acelerar o processo de descarbonização nas diversas regiões brasileiras, é preciso elevar esta fração de 22% de contratação de renováveis para mais de 50%, no menor prazo possível, em benefício da transição energética e transformação ecológica”, acrescenta.  

Adicionalmente, Sauaia lembra outra oportunidade que o setor tem em mãos é a realização do LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade para Armazenamento), inicialmente previsto para ser realizado no primeiro semestre de 2025. Os investidores interessados aguardam a publicação das diretrizes do leilão para se prepararem para este importante certame. 

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Foto de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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