Os setores de comércio e serviços registraram um prejuízo de R$ 2,1 bilhões em faturamento durante o apagão que atingiu a cidade de São Paulo e a Região Metropolitana nos últimos dias, segundo estimativa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
As perdas foram mais intensas no setor de serviços, que deixou de faturar cerca de R$ 1,4 bilhão no período. O maior impacto ocorreu na quarta-feira (10), quando o setor registrou um prejuízo de R$ 541 milhões, em um cenário em que mais de 2,2 milhões de imóveis ficaram sem fornecimento de energia.
O varejo também foi fortemente afetado neste dia. Apenas na quarta-feira, o setor contabilizou um prejuízo de R$ 267 milhões. Desde então, as perdas se mantiveram ao longo dos dias seguintes e, até domingo, somaram R$ 696 milhões, segundo a Federação.
O rombo financeiro já supera os prejuízos registrados em outubro de 2024, última grande ocorrência de falta de energia na capital paulista. Na ocasião, as chuvas intensas deixaram imóveis sem fornecimento por pelo menos cinco dias, resultando em perdas estimadas em R$ 2 bilhões para o comércio e os serviços.
Procura por geradores e sistemas com baterias cresce após apagão
Diante do impacto econômico e da instabilidade no fornecimento, a busca por soluções de energia de backup aumentou na região.
A RT Solar, empresa especializada na instalação de sistemas de energia solar com baterias, por exemplo, informou que registrou um crescimento expressivo de demanda.
Segundo Roni Torres, proprietário da empresa, a companhia recebeu 114 contatos de interessados em sistemas com baterias entre sexta-feira e domingo – um número muito acima da média habitual, que varia entre 10 e 15 leads qualificados.
O aumento ocorreu após a empresa divulgar uma campanha nas redes sociais no próprio dia do apagão. “A procura está sendo altíssima ao ponto de eu não estar conseguindo acompanhar nenhuma obra nesta semana”, revelou Torres.
O movimento também foi observado em empresas que atuam exclusivamente com geração emergencial. A Tecnogera, especializada na locação de geradores, informou que os pedidos diários (que normalmente não ultrapassam 50) chegaram a 2,5 mil solicitações durante a semana do apagão, principalmente por restaurantes, buffets e empresas de médio porte.
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