Sete novos projetos de grande escala em energia solar e eólica devem adicionar 15 GW à matriz elétrica da Arábia Saudita até 2027. Com início de operação previsto entre o final de 2025 e o começo de 2027, os empreendimentos somam investimentos de US$ 8,3 bilhões e reforçam a meta saudita de atingir 70% da sua capacidade renovável até o fim da década.
Os projetos fazem parte do NREP (Programa Nacional de Energias Renováveis), liderado pelo Ministério da Energia da Arábia Saudita e apoiado pelo PIF (Fundo de Investimento Público), que tem ativos estimados em US$ 1 trilhão. O objetivo do PIF é entregar 70% da nova capacidade renovável do país até 2030 — meta alinhada à visão estratégica do governo saudita para a transição energética.
A previsão é que todos os projetos alcancem o fechamento financeiro no terceiro trimestre de 2025. Os sete projetos, todos em regime de co-propriedade entre a Badeel, ACWA Power e SAPCO, incluem 12 GW em usinas fotovoltaicas e 3 GW em parques eólicos.
Sol forte e ambição renovável
As condições climáticas da Arábia Saudita — marcada por longos períodos de sol intenso e vastas áreas desérticas — favorecem a adoção em larga escala da energia solar.
Apesar do potencial, o país encerrou 2024 com apenas 4,34 GW de capacidade solar instalada, segundo dados do Energy Institute. Com os novos investimentos, a Arábia Saudita avança no objetivo de alcançar 130 GW de capacidade renovável até 2030.
Neutralidade de carbono x dependência do petróleo
Na COP26, realizada em Glasgow, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman anunciou a ambição saudita de alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Apesar do forte vínculo com a produção de petróleo, o país tem buscado equilibrar sua estratégia energética.
Para isso, o objetivo é atrair capital internacional e flexibilizar regulações ambientais para acelerar os investimentos em energia limpa. Atualmente, o Oriente Médio é a segunda região que mais acelera seus investimentos em energia renovável, atrás apenas da China.
Além da Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos também avançam nesse caminho. Em janeiro, a Masdar — estatal especializada em fontes limpas — anunciou um pacote de US$ 6 bilhões para instalar 5 GW em energia solar e 19 GWh em armazenamento com baterias.
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