Com a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 — a mais cara do sistema tarifário — anunciada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para setembro, a energia solar se torna ainda mais estratégica para reduzir custos e proteger os consumidores do impacto da inflação energética.
De acordo com a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), desde julho, quando a bandeira vermelha passou a vigorar no país, milhares de consumidores têm recorrido à geração própria de energia solar como forma de aliviar os gastos com eletricidade em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Somente entre julho e meados de agosto, foram registradas 115 mil novas unidades consumidoras abastecidas por sistemas fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos. Nesse período, a instalação de 64 mil novos sistemas gerou mais de 19 mil empregos verdes e qualificados em todo o país.
Além de sustentável, a energia solar também mostra benefícios econômicos de longo prazo. Um estudo da consultoria Volt Robotics concluiu que a geração distribuída proporcionará uma economia líquida superior a R$ 84,9 bilhões na conta de luz dos brasileiros até 2031 — abrangendo tanto quem possui sistemas instalados quanto quem não possui.
Atualmente, o Brasil soma 42 GW de potência instalada em geração própria, segundo a ABSOLAR. Desde 2012, o setor já atraiu mais de R$ 191,1 bilhões em investimentos e foi responsável por 1,2 milhão de empregos verdes de qualidade.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da associação, o avanço da energia solar é reflexo do alto potencial da fonte no Brasil, aliado ao apoio popular.
“Embora o crescimento da energia solar demonstre um protagonismo robusto da fonte na matriz elétrica brasileira, a combinação com baterias trará ainda mais economia, segurança e autonomia aos consumidores, ajudando assim no processo de transição energética no país”, disse ele.
Já Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, destaca os impactos sociais e estruturais. “A fonte solar também fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos setores produtivos brasileiros. Ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, a tecnologia reduz o uso da infraestrutura de transmissão, alivia a pressão sobre os recursos hídricos e ajuda a diminuir as perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, afirmou.
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