BESS no Brasil: como identificar oportunidades e acertar na escolha do equipamento?

Com rede elétrica instável e avanço das renováveis, BESS deixa de ser opcional e se torna peça-chave para empresas
Foto: ISA CTEEP/Divulgação

A próxima onda das renováveis no Brasil será impulsionada pelo BESS. Quem se mover primeiro para capturar as oportunidades ditará o ritmo; quem atrasar, perderá espaço. Em que concentrar esforços? A Kehua Tech — destacada pela CNESA como líder em inversores de armazenamento no mercado chinês — aponta fatores importantes.

O aumento das fontes renováveis (Solar e Eólica) foi um dos fatores que colaboraram para impulsionar o mercado de armazenamento de energia explodir. Segundo estudos da Greener, a demanda por BESS (Battery Energy Storage Systems) aumentou 89% de 2023 para 2024, e o mercado de armazenamento atrás do medidor irá demandar investimentos na ordem de R$ 22,5 bilhões até 2030. 

Porém, por que isso está acontecendo? A resposta está na instabilidade da rede elétrica brasileira, que causa prejuízos milionários a empresas e consumidores. 

O que está impulsionando e viabilizando instalações de BESS no Brasil?

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a rede brasileira enfrenta desafios crescentes com a intermitência das renováveis. Em 2024, a geração de energia de renováveis intermitentes (solar e eólica) já representavam 36% da matriz de energia elétrica, e os dados mostram que poderão ultrapassar os 46% em 2029.

O principal fator que está impulsionando o mercado de BESS nas empresas Comerciais & Industriais é a confiabilidade. Além da confiabilidade, que garante ‘independência’ de quedas na rede, fatores como economia financeira via energy shift, redução na dependência de diesel (aumentando a sustentabilidade) e serviços como regulação de frequência e tensão elevam significativamente a viabilidade dos projetos. 

Afinal, quais são e como analisar os principais fatores para viabilidade de um projeto de BESS?

Backup energético: o principal motivador para evitar prejuízos

No Brasil, a confiabilidade e estabilidade da rede é um problema crônico. Equipamentos param, produtos estragam e operações são interrompidas. Aqui, o BESS brilha como solução de backup, fornecendo energia instantânea sem depender da rede e mantendo operações críticas durante interrupções e até mesmo evitando investimentos na rede.

Pense em uma indústria de laticínios e sucos: uma interrupção pode causar coagulação ou fermentação indesejada, resultando em perdas de milhares de reais. Outro cenário impactante é em clínicas/laboratórios farmacêuticos. Vacinas sensíveis à temperatura podem ser destruídas em minutos sem refrigeração, além de criar um risco de saúde pública.

Na indústria plástica, o problema é ainda mais agudo. Processos como extrusão e injeção dependem de máquinas que não toleram interrupções súbitas. Uma queda de energia de segundos pode solidificar o plástico nos moldes, causando danos a equipamentos e perda de matéria-prima. Algumas fábricas indicam prejuízos de centenas de milhares de reais em paradas de segundos. Com BESS (corretamente implantado e projetado), o backup imediato mantém a produção fluindo, evitando esses custos exorbitantes.

Isso se aplica a diversos cenários, como empresas de congelados, mineração, agro, hospitais e data centers.

Energy Shift: a economia financeira valiosa

Enquanto o backup resolve emergências, o energy shift (descolamento do consumo) traz ganhos contínuos no dia a dia, tendo um peso econômico muito significativo.

Uma indústria que opera 24/7 pode armazenar energia (fora ponta) e usá-la nos horários de ponta, evitando picos tarifários e reduzindo a conta em mais de 30% – dependendo do delta (ponta – fora ponta), especialmente para empresas conectadas à alta e média tensão (Grupo A). Com um delta de R$1,20/kWh, um BESS de 241kWh pode gerar economia anual de aproximadamente R$100 mil para um consumidor do Grupo A.

Além disso, o BESS oferece serviços ancilares, como regulação de frequência/tensão, que podem gerar receitas extras – especialmente com as discussões em andamento na ANEEL.

Escolha do equipamento correto

O BESS é um equipamento de alta complexidade, e a escolha errada pode comprometer totalmente a economia projetada. Para minimizar esse risco, é essencial avaliar a capacidade técnica do fabricante, identificando seu portfólio de projetos implementados. 

Fabricantes como a Kehua, por exemplo, oferecem soluções all-in-one que integram todos os componentes necessários (baterias, PCS/inversores, EMS, BMS, sistema de refrigeração etc.), além de opções para utility-scale. 

Essas soluções são adaptadas ao mercado brasileiro, projetadas para atender demandas como backup confiável e energy shift eficiente. Um bom exemplo é o modelo S3-Estore: cada unidade entrega 100 kW de potência e 241 kWh de capacidade de armazenamento, com a flexibilidade de operar até 10 unidades em paralelo de forma modular, facilitando expansões conforme a necessidade.

Além disso, é essencial avaliar a capacidade técnica do fabricante. A forma mais eficaz de fazer isso é examinando o portfólio de projetos já realizados por cada um, pois isso expõe sua expertise prática e confiabilidade no setor.

No universo dos BESS, projetos notáveis no Brasil e no mundo ajudam a ilustrar esse potencial. Aqui no país, o maior projeto em operação desde 2023, com 30 MW de potência e 60 MWh de capacidade, foi implementado na ISA CTEEP. 

Já no âmbito global, o maior sistema ESS autônomo de grid-forming, com 300 MW/1.200 MWh, está na China. Em ambos, a Kehua Tech forneceu a solução completa de ESS (Energy Storage System), destacando a solidez de tecnologias integradas em projetos de alta complexidade.

Se você trabalha no setor de energia ou representa um consumidor industrial ou comercial enfrentando esses desafios – como interrupções na rede ou picos tarifários entre ponta e fora ponta –, vale a pena avaliar as “dores” da sua operação e considerar soluções de armazenamento. 

Sistemas BESS all-in-one, como os da Kehua Tech, trazem qualidade e versatilidade para aplicações C&I, ajudando a transformar esses problemas em oportunidades. Para mais informações, visite nosso site ou entre em contato com nosso time. O futuro da energia é armazenado –  e está ao alcance agora.

Sobre a Kehua

Referência global na fabricação de inversores para armazenamento de energia, a Kehua possui 37 anos de experiência no setor e oferece soluções all-in-one para sistemas BESS comerciais e industriais (C&I), bem como para aplicações em larga escala (Utility Scale), incluindo Skids/PCS, bancos de baterias e inversores on-grid. 

Além disso, a Kehua é líder mundial em tecnologias de PCS grid-forming, consolidando essa posição ao fornecer e acompanhar, em 2024, o maior projeto independente de grid-forming do mundo. Atualmente, a Kehua é classificada como a fabricante nº 1 de PCS na China e está entre os 3 maiores fornecedores globais de PCS, ultrapassando os 30 GW/12 GWh fornecidos.

Imagem: Kehua/Divulgação

As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.

Foto de Rafael Pagliarini
Rafael Pagliarini
Engenheiro e administrador, com MBA em Gestão de Inovação pela Universidade Federal de São Carlos. Especialista em implantação de projetos de inovação, é gerente de novos negócios na Kehua Tech, acumulando 9 anos de experiência no mercado de energia, com ênfase em solar e armazenamento.

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