A COP30 começou nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), com um apelo global pela aceleração da transição energética. O secretário-executivo da ONU para o Clima, Simon Stiell, alertou que a demora na redução das emissões pode gerar “estagnação econômica e retrocessos sociais”. Ele reforçou que o custo da inação climática já se traduz em perdas econômicas e desastres ambientais.
Segundo Stiell, a transição é inevitável e economicamente vantajosa. “A energia solar e eólica já são as mais baratas em 90% do mundo”, afirmou, acrescentando que os investimentos em energia limpa devem superar os de combustíveis fósseis na proporção de dois para um ainda neste ano.
O Brasil foi citado como exemplo positivo. De acordo com dados do governo federal, 90% da matriz elétrica nacional é renovável, uma das maiores proporções do planeta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o país apresentará seus avanços em biocombustíveis, agricultura de baixo carbono e energias limpas durante a conferência.
Lula também lembrou o lançamento do Fundo de Florestas Tropicais para Sempre, que garantiu US$5,5 bilhões em promessas de investimento. “A COP30 será a COP da verdade, para impor uma nova derrota aos negacionistas”, declarou o presidente.
ONU cobra rapidez
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente eleito da COP30, afirmou que esta deve ser “a COP da implementação e da adaptação”, com foco em soluções práticas. Ele defendeu a integração entre política climática, geração de empregos e ciência.
Representantes da COP29, realizada no Azerbaijão, também destacaram o papel financeiro da transição. O compromisso firmado em Baku prevê a mobilização de US$300 bilhões por ano até 2035, com meta de atingir US$1,3 trilhão de todas as fontes de financiamento.
Para Stiell, os compromissos devem se transformar em ação. Ele defendeu a triplicação das energias renováveis e a duplicação da eficiência energética até 2030. “Quem optar por passos tímidos enfrentará estagnação e preços mais altos, enquanto outras economias avançam”, alertou.
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