O Brasil se consolidou como um dos países com menores custos de geração de energia renovável no mundo, segundo dados fornecidos pelo relatório “Renewable Power Generation Costs in 2024”, publicado pela Irena (Agência Internacional para Energias Renováveis) no começo desta semana.
O documento aponta que 91% dos projetos renováveis instalados em todo o mundo em 2024 geraram eletricidade a um custo mais baixo do que a fonte fóssil mais barata.
No Brasil, a energia fotovoltaica alcançou um custo nivelado de eletricidade de US$ 0,036/kWh, abaixo da média global de US$ 0,049/kWh. Já a energia eólica onshore teve um custo médio de US$ 0,030/kWh frente à média mundial de US$ 0,034/kWh.
O relatório destaca que o Brasil mantém essa competitividade há mais de uma década, resultado de leilões bem estruturados, recursos naturais abundantes e uma matriz elétrica diversificada.
Os projetos brasileiros figuram entre os mais econômicos do mundo, ao lado de iniciativas na China, Índia, Emirados Árabes e Chile. O levantamento da IRENA também chama atenção para o fato de que, globalmente, as energias renováveis evitaram US$ 467 bilhões em custos com combustíveis fósseis apenas em 2024.
Projeções
A pesquisa da IRENA projeta que as fontes renováveis continuarão ganhando competitividade nos próximos anos, impulsionadas por avanços tecnológicos e pelo amadurecimento das cadeias globais de fornecimento.
De acordo com o relatório, o custo médio global de instalação da energia solar fotovoltaica deve cair de US$ 691/kW em 2024 para cerca de US$ 388/kW até 2029. No caso da geração eólica onshore, a expectativa é de redução de US$ 1.041/kW para US$ 861/kW no mesmo período.
A IRENA ressalta, no entanto, que o custo de financiamento permanece como um dos principais fatores determinantes na viabilidade de novos projetos renováveis. Aspectos como previsibilidade de receitas, estrutura de capital e cenário macroeconômico são decisivos para atrair investimentos e garantir a competitividade das fontes limpas no longo prazo.
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Uma resposta
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