A GC (geração centralizada) de energia solar ultrapassou a marca de 20 GW de capacidade em operação no Brasil neste fim de ano, segundo dados atualizados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Diferentemente da GD (geração distribuída), instalada em telhados residenciais, comércios e indústrias, a modalidade é composta por grandes usinas solares, conectadas diretamente ao sistema de transmissão.
Entre os estados com maior capacidade operacional em usinas solares centralizadas, Minas Gerais lidera com 8,15 GW, seguido por Bahia (2,67 GW) e Piauí (2,40 GW). No total, o país já conta com mais de 18,6 mil empreendimentos solares em operação no segmento.
O crescimento da modalidade no Brasil, inclusive, é recente: até 2017, as grandes usinas fotovoltaicas praticamente não participavam da matriz elétrica. Hoje, além dos projetos já em operação, a ANEEL registra 4,76 GW em construção e outros 105,1 GW de potência outorgada, que ainda aguardam implantação.
Top 10 estados com maior volume de potência em operação no segmento:
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Minas Gerais – 8,15 GW (40,66%)
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Bahia – 2,67 GW (13,32%)
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Piauí – 2,40 GW (11,98%)
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Ceará – 1,78 GW (8,91%)
- Rio Grande do Norte – 1,52 GW (7,61%)
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Pernambuco – 1,33 GW (6,66%)
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São Paulo – 1,21 GW (6,08%)
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Paraíba – 0,71 GW (3,56%)
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Rio Grande do Sul – 0,49 GW (0,24%)
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Mato Grosso – 0,28 GW (0,14%)
Apesar do crescimento, curtailment expõe gargalos
Apesar da expansão acelerada, o avanço da GC tem sido acompanhado por desafios operacionais. Em 2025, 20,6% de toda a energia solar e eólica disponível no país deixou de ser aproveitada, em razão de cortes na geração – fenômeno conhecido como curtailment.
Segundo levantamento da Volt Robotics, em termos econômicos, toda essa energia não escoada representou perdas superiores a R$ 6 bilhões ao longo do ano, pressionando a rentabilidade dos empreendimentos.
Novo complexo entra em operação em São Paulo
Nesta segunda-feira (29), o MME (Ministério de Minas e Energia) informou que o Complexo Fotovoltaico Novo Oriente, localizado em Ilha Solteira (SP), entrou integralmente em operação comercial com a ativação da última usina do parque.
O complexo reúne seis usinas solares, que somam 254,50 MW de capacidade instalada, distribuídas em 82 unidades geradoras. O empreendimento recebeu investimentos estimados em R$ 1,22 bilhão e integra a carteira de projetos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
As usinas se enquadram no REIDI (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura), que concede benefícios fiscais a projetos estratégicos para o setor elétrico.
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