A energia renovável já é desejo da maioria dos brasileiros, mas ainda está longe de fazer parte da rotina da população. Segundo a pesquisa inédita Futuro da Energia, realizada pela plataforma LUZ em parceria com a consultoria Futuros Possíveis, cerca de 86% dos entrevistados dizem querer alternativas à distribuidora tradicional.
No entanto, 84% afirmam saber pouco ou nada sobre fontes limpas, como solar ou eólica. O levantamento aponta que os principais entraves são a desinformação, o acesso desigual e a falta de soluções simples.
A economia é o maior incentivo: 77% dos entrevistados adotariam energia renovável se ela representasse uma redução nos custos. Já a preocupação com o meio ambiente aparece em segundo plano — apenas 21% se dizem incomodados com o desperdício de energia por razões sustentáveis.
Mesmo com a motivação financeira, poucos colocam planos em prática. Apenas 17% buscaram alternativas nos últimos 12 meses, como a instalação de painéis solares ou adesão a projetos coletivos.
A pesquisa também revela uma desconexão entre o desejo por inovação e o comportamento do consumidor. Apenas 13% monitoram ativamente seu consumo de energia — seja por meio de aplicativos, dispositivos conectados ou análise da conta mensal.
Apesar dos avanços em digitalização em áreas como finanças e mobilidade, o consumo de energia segue sendo um dos setores mais analógicos da vida cotidiana dos brasileiros.
“Existe um consenso de que a energia limpa é uma alternativa viável. O problema é que o consumidor não sabe por onde começar. Falta informação clara, orientação técnica e soluções descomplicadas que ajudem a dar o primeiro passo”, afirma Luiza Pinto, COO da LUZ.
Tecnologia ainda engatinha no consumo de energia
A pesquisa também mostra que 45% dos brasileiros consideram adotar dispositivos inteligentes nos próximos dois anos, número que sobe para 52% entre jovens de 25 a 29 anos. No entanto, 32% afirmam que não pretendem adotar nenhuma tecnologia de economia de energia no curto prazo.
Enquanto isso, 62% seguem apostando em mudanças de hábito como principal forma de economia: desligar aparelhos da tomada (60%), aproveitar mais a luz natural (46%) e reduzir o uso de eletrodomésticos como ferro e máquina de lavar (46%). Apenas 18% investiram em equipamentos mais eficientes e só 12% buscaram mudanças estruturais, como geração própria de energia.
Outro desafio estrutural apontado pela pesquisa é o de que só 13% dos entrevistados adaptaram suas residências para comportar o aumento do uso de eletrônicos. Apesar disso, 32% pretendem instalar painéis solares ou outras fontes alternativas; 30% querem priorizar aparelhos com maior eficiência energética e 24% pensam em adotar sistemas inteligentes de gerenciamento.
Baixo nível de confiança nas distribuidoras
O estudo também revela um nível baixo de confiança nas distribuidoras de energia. Apenas 10% confiam totalmente nas empresas fornecedoras, e 25% dizem confiar pouco ou nada. Mesmo assim, a maioria ainda não vê alternativas viáveis.
“A contradição entre o interesse e a baixa adesão mostra que a transição energética ainda depende menos de vontade e mais de acesso à informação, simplicidade e educação”, reforça Luiza.
A pesquisa Futuro da Energia foi realizada com 2.089 consumidores brasileiros, com 25 anos ou mais, responsáveis pelo pagamento da conta de energia, entre os dias 14 de março e 2 de abril de 2025. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.
Principais destaques do estudo:
- 86% dos brasileiros gostariam de ter alternativas à distribuidora tradicional;
- 84% dizem entender pouco ou nada sobre fontes renováveis;
- Apenas 13% monitoram ativamente seu consumo de energia;
- Só 17% buscaram fontes alternativas no último ano;
- 77% afirmam que a economia é o principal motivador para adotar energia limpa;
- 45% consideram adquirir dispositivos inteligentes nos próximos dois anos;
Sobre a LUZ
A plataforma LUZ pertence ao Grupo Delta Energia e tem como missão simplificar o acesso à energia renovável por meio de atendimentos para residências e pequenos comércios no modelo de GD (geração distribuída), e também grandes empresas e indústrias no Mercado Livre de Energia.
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Uma resposta
Parabéns pela reportagem Henrique. Eu também trabalho com Geração distribuída aonde atendemos o consumidor a partir de 100kwh quilowatts de energia contratada sem custos do serviço em mais de 10 Estados Brasileiros e vejo que ainda a maior desconfiança não é nem no nosso serviço e sim em suas Distribuidoras locais, leituras etc…Estamos buscando parceiros para nosso projeto. Interessados chamar watts 51984863327.