No centro de um embate entre o MME (Ministério de Minas Energia) e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), envolvendo significativas mudanças estruturais, e atenta à segurança do mercado livre, que volta a enfrentar problemas pontuais como o default da Gold Energia e dificuldades na América Energia, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) já conta com orçamento aprovado para 2026.
O valor atualizado passou a R$ 374,64 milhões, reajuste de 8,34% em relação a 2025. A orientação é que os recursos sejam direcionados para fortalecer áreas estratégicas que garantem o bom funcionamento e a evolução do mercado de energia no Brasil.
O novo planejamento financeiro prioriza investimentos em tecnologia da informação, segurança cibernética, inovação e capacitação, áreas que vêm ganhando relevância diante da digitalização crescente do setor elétrico.
Entre os principais eixos orçamentários estão o aperfeiçoamento dos sistemas de medição e liquidação, o desenvolvimento de novas ferramentas de análise de dados e a modernização das plataformas digitais da CCEE, que dão suporte à operação de mais de 12 mil agentes do mercado.
Esses projetos visam ampliar a eficiência operacional e a confiabilidade das informações processadas pela instituição, assegurando maior transparência nas transações.
Outro destaque do orçamento é o reforço nos recursos destinados à segurança da informação e à gestão de riscos, refletindo a preocupação da CCEE com a proteção de dados sensíveis e a continuidade dos serviços em um cenário de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.
A área de inovação e transformação digital também recebeu atenção especial, com a previsão de novos investimentos voltados à automação de processos, integração de sistemas e adoção de tecnologias de inteligência artificial. Essas ações pretendem simplificar a experiência dos agentes e aprimorar a agilidade na tomada de decisões.
Além dos aspectos tecnológicos, o orçamento de 2026 prevê a expansão de programas de capacitação e relacionamento com os agentes, promovendo maior disseminação de conhecimento sobre as regras do mercado e os mecanismos de comercialização.
O fortalecimento dessas iniciativas tem como meta preparar o setor para o novo contexto de abertura do mercado livre de energia, que ampliará o número de consumidores aptos a escolher seu fornecedor.
O plano de destinação de recursos reforça ainda o compromisso da CCEE com a sustentabilidade institucional e a transparência na gestão dos recursos, alinhando-a às diretrizes de governança e responsabilidade fiscal.
A proposta orçamentária foi apreciada e validada pelos agentes durante a 76ª Assembleia Geral Ordinária da organização, realizada no dia 13 último, e que registrou alto nível de participação e consenso entre os representantes do mercado.
A AGE também marcou a eleição de Camilo Bistulfi Reis para o cargo de suplente do Conselho Fiscal da CCEE, com 100% de unanimidade.
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