O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) aprovou, nesta quarta-feira (7), diversas medidas para garantir o suprimento de energia elétrica, com foco na maximização dos recursos disponíveis para o atendimento à ponta do SIN (Sistema Interligado Nacional).
A decisão surge em resposta ao agravamento das condições hidrológicas na região Norte do Brasil, que tem enfrentado uma seca severa desde o segundo semestre de 2023, exacerbada pelo fenômeno El Niño.
Em comunicado à imprensa, o MME (Ministério de Minas e Energia), sinalizou que desde o segundo semestre de 2023, a região Norte tem visto uma redução significativa nas chuvas, o que impacta diretamente na capacidade das hidrelétricas de fornecer energia.
De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), essas usinas desempenham um papel crucial durante os períodos de alta demanda, especialmente quando a contribuição das fontes renováveis, como a eólica e a solar, é insuficiente.
Em resposta a essa situação, o CMSE recomendou a utilização de recursos adicionais, como geração termelétrica, resposta voluntária da demanda (RVD) e importação de energia da Argentina e Uruguai.
“A recomendação prevê a mobilização dos agentes de geração e de transmissão para garantir máxima disponibilidade durante o período seco de 2024, incluindo, dentre outras, a minimização do despacho das usinas hidrelétricas da região Norte, de acordo com a necessidade eletroenergética do SIN, com o intuito de preservação do recurso para atendimento à ponta de carga nos meses de outubro e novembro/2024, além de manter o monitoramento diário das condições da Bacia do Rio Madeira”, diz o comunicado do MME
O CMSE informou, contudo, que apesar do cenário desfavorável na região Norte, segundo o CMSE, a condição segue favorável para o atendimento eletroenergético nas demais regiões e deve permanecer ao longo de 2024. O armazenamento médio registrado no SIN é de 66%.
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