O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) prevê crescimento da demanda de carga em todo o SIN (Sistema Interligado Nacional) até o final de 2025, com destaque para os subsistemas Norte e Sul. Os dados constam no boletim do PMO (Programa Mensal de Operação), que cobre a semana de 29 de novembro a 5 de dezembro.
De acordo com o relatório, a carga prevista para dezembro de 2025 é de 82.225 MWmed, um aumento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2024, que registrou 80.805 MWmed. O Norte apresenta a maior projeção de alta, com crescimento de 9,8%, seguido pelo Sul (5,4%), Nordeste (2,5%) e Sudeste/Centro-Oeste (0,8%).

Segundo o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, a elevação da carga reflete o aumento das temperaturas com a chegada do verão. “Com a chegada do verão e a elevação das temperaturas, a tendência é para o aumento da demanda de carga nos próximos meses. O Operador segue monitorando os cenários e adotando a operação necessária, de modo a garantir o pleno atendimento às demandas da sociedade”, explica.
Cresce a carga, mas reservatórios seguem pressionados
Paralelamente ao avanço da carga, os dados do ONS mostram que os níveis de armazenamento de água nos reservatórios seguem abaixo do ideal, especialmente no Sudeste e Nordeste, que concentram grande parte da capacidade instalada.
A EAR (Energia Armazenada) projetada para o final de dezembro aponta que apenas o subsistema Sul deve encerrar o mês com volume acima de 60%, atingindo 65,8%. No Norte, a projeção é de 54,6%, enquanto o Nordeste deve alcançar 48,5% e o Sudeste/Centro-Oeste, 45,7%.
Já a ENA (Energia Natural Afluente), que indica o volume de água que chega às bacias, também permanece abaixo da Média de Longo Termo: 81% no Sudeste/Centro-Oeste, 75% no Norte, 62% no Sul e 51% no Nordeste.
Essa combinação de demanda crescente e oferta limitada de energia hídrica pode pressionar o sistema elétrico caso as condições climáticas não se revertam. A depender da evolução das chuvas e do consumo, o ONS pode ter que recorrer ao despacho térmico para garantir o equilíbrio da oferta.
CMO permanece equalizado
O ONS aponta ainda que o CMO (Custo Marginal de Operação), usado para definir a ordem de despacho das usinas, segue equalizado em todo o país, fixado em R$ 337,53 para todos os subsistemas.
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