Do pimentão ao transporte por aplicativo, passando por café, frutas e serviços, uma série de produtos e atividades pressionou o bolso dos consumidores brasileiros entre os meses de janeiro e novembro de 2025.
No meio desse cenário, a conta de luz residencial aparece entre os 20 subitens que mais subiram no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador da inflação oficial do país.
Segundo dados apurados pelo Canal Solar junto ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – que monitora mais de 370 subitens no cálculo do índice – a conta de luz ocupa a 16ª posição no ranking de maiores altas acumuladas no ano, com avanço de 15,08%.
Embora não lidere a lista, o reajuste supera a inflação média do ano e chama atenção pelo impacto recorrente no orçamento das famílias. Entre os subitens que registraram aumentos mais expressivos no IPCA neste ano estão produtos alimentícios e serviços específicos, muitos deles com forte influência de fatores sazonais ou regionais.
O preço do pimentão, por exemplo, acumulou alta de 40,99%, enquanto o pepino subiu 25,99%. No grupo de serviços, o transporte por aplicativo avançou 37,16%, e os atendimentos de fisioterapia ficaram 23,81% mais caros.
Peso da conta de luz
Apesar de alguns desses produtos apresentarem variações superiores à da energia elétrica residencial, o impacto no orçamento não se resume ao percentual de alta, mas à frequência e à abrangência do consumo.
Isso porque, segundo o IBGE, diferentemente de alimentos com consumo mais eventual ou preços sujeitos a oscilações sazonais, a conta de luz é uma despesa fixa e recorrente, presente em praticamente todos os domicílios brasileiros.
Outro ponto de atenção é o chamado efeito cascata, uma vez que o aumento da tarifa de energia não afeta apenas o consumidor final de forma direta, mas também encarece operações comerciais, industriais e de serviços, pressionando preços ao longo da cadeia econômica.
Esse efeito ajuda a explicar por que, mesmo quando a energia elétrica não figura entre os líderes absolutos de alta do IPCA, ela continua sendo apontada como um dos fatores de maior sensibilidade social e econômica dentro do índice.
Confira abaixo os 20 produtos e atividades que mais pressionaram o bolso dos brasileiros entre os meses de janeiro e novembro, segundo o IBGE:
- Pimentão – 40,99%
- Transporte por aplicativo – 37,16%
- Café moído – 36,00%
- Peixe pintado – 31,28%
- Manga – 28,85%
- Pepino – 25,99%
- Chocolate em barra e bombom – 25,24%
- Jóias – 24,70%
- Fisioterapeuta – 23,81%
- Café solúvel – 22,66%
- Chocolate e achocolatado em pó – 18,93%
- Melão – 18,09%
- Batata-doce – 17,71%
- Cafezinho – 16,70%
- Jogos de azar – 15,17%
- Energia elétrica residencial – 15,08%
- Leite de coco – 14,91%
- Bacalhau – 13,27%
- Hospedagem – 13,12%
- Abobrinha – 12,86%
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