Criptomoedas encontram oportunidade no potencial energético do Brasil

Parcerias entre mineradoras e fornecedores de energia renovável impulsionam a mineração
Criptomoedas encontram oportunidade no potencial energético do Brasil
Foto: Freepik

O Brasil, apesar de ser um dos maiores produtores de energia renovável do mundo, não tem conseguido aproveitar adequadamente o excedente de eletricidade gerado por fontes eólicas e solares.

Nos últimos dois anos, o desperdício de energia causou perdas superiores a US$ 1 bilhão, segundo dados dos grupos ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias) e ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Estima-se que até 70% da energia gerada não seja aproveitada devido a falhas na infraestrutura de transmissão.
Esse excesso de energia renovável, no entanto, tem atraído o interesse de empresas de criptomoedas, que estão buscando formas de utilizar essa eletricidade de maneira eficiente.

Empresas como a Renova Energia estão negociando contratos para aproveitar esse excedente sem sobrecarregar a rede elétrica durante os horários de pico.

O anúncio da Tether, que revelou investimentos no Brasil em julho, gerou ainda mais interesse no setor de criptomoedas.

Pelo menos seis negociações estão em andamento, com pequenos e médios projetos, além de um grande empreendimento de até 400 MW, conforme fontes ouvidas pela Reuters.

A região Nordeste do Brasil, especialmente, tem sido vista como promissora para mineradoras, como a Enegix, devido ao considerável excedente de energia solar e eólica.

Empresas como a Penguin, além de fabricantes de equipamentos para mineração, também estão explorando projetos no país.

Outras, como a Casa dos Ventos e a Atlas Renewable Energy, com parcerias internacionais, estão analisando alternativas para monetizar a energia não utilizada, aproveitando esse potencial inexplorado.

A subsidiária brasileira da concessionária francesa Engie a Auren Energia, empresa controlada pela Votorantim Energia e pela CPP Investments, também estão analisando projetos para monetizar a energia não aproveitada.

Enquanto isso, empresas de energia, como a Eletrobras, já estão se preparando para ingressar no setor de criptomoedas.

O grupo está desenvolvendo um projeto piloto na Bahia, que combina energia solar, eólica e baterias para alimentar suas operações de mineração.

“Queremos entender como funciona esse setor”, disse Juliano Dantas, vice-presidente de inovação da Eletrobras.

 

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Caique Amorim
Estudante de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Tenho experiência na produção de matérias jornalísticas.

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