Eletrobras vende ativos por R$ 4,7 bi e abandona geração termelétrica

Após a conclusão da operação, a companhia espera acelerar o atingimento de sua meta Net Zero 2030
Eletrobras vende ativos por R$ 4,7 bi e abandona geração termelétrica
Elétrica fechou negócio com o Grupo Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, holding da família Batista. Imagem: Divulgação

A Eletrobras anunciou nesta segunda-feira (10) a venda de ativos termelétricos para a Âmbar Energia, decretando a saída da maior elétrica brasileira do segmento de geração térmica fóssil. Pelo negócio, a Âmbar vai pagar R$ 4,7 bilhões

A operação envolve sete ativos em operação, um greenfield, além do direito de reversão de mais 5 térmicas, totalizando um portfólio de 13 usinas ou 2.059 MW.

“A alienação dos ativos resulta de um processo competitivo, com alto engajamento, iniciado em julho de 2023. O resultado do processo possibilitou à Companhia maximizar a valoração de seus ativos com adequada alocação de risco, eliminando imediatamente os impactos da inadimplência relacionados aos contratos de venda de energia”, escreveu a Eletrobras em comunicado divulgado ao mercado.

As usinas negociadas têm contratos de fornecimento encerrando em dezembro de 2026 e novembro de 2030.  O portfólio será transferido sem nenhuma dívida ou caixa.

Em 2023, os ativos registraram uma receita líquida de R$ 2,4 bilhões e EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,1 bilhão. 

Em paralelo, a Eletrobras assinou dois acordos adicionais com o Grupo Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, holding da família Batista. 

Caso haja a transferência de controle da distribuidora Amazonas Energia, contraparte dos contratos dos ativos termelétricos, a Eletrobras cederá a totalidade dos créditos à Âmbar.  Em contrapartida, a Eletrobras terá uma opção de compra possibilitando a captura do benefício econômico fruto da recuperação operacional e financeira da distribuidora.

A Amazonas Energia enfrenta dificuldades financeiras e operacionais, e corre o risco de ter a concessão cassada. 

As partes também concordaram em editar a opção de compra do complexo eólico Baleia. O acordo permite à Eletrobras receber o resultado integral de uma ação de cobrança indenizatória, ainda em discussão com a seguradora. 

De acordo com a Eletrobras,  o negócio reforça o compromisso da companhia em “mitigar riscos operacionais e financeiros, avançar na otimização de seu portfólio e alocação de capital. Por fim, com esta transação a Eletrobras acelera o atingimento de sua meta Net Zero 2030.”

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Imagem de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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