Como a solar e o armazenamento podem estabilizar a rede

Hoymiles destaca ainda importância dos microinversores e inversores híbridos no setor
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Como a solar e o armazenamento podem estabilizar a rede
Consumo de energia segue crescendo no Brasil. Imagem: Freepik

muitos fatores que afetam a estabilidade de uma rede elétrica em um dado momento. O desafio mais comum, segundo a Hoymiles, é combinar a oferta com a demanda. 

A quantidade de energia que os consumidores precisam varia dependendo da hora do dia e das condições climáticas ou até mesmo de um feriado nacional ou grande evento. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas pessoas instalam luzes festivas para a temporada de festas, ligando-as logo após o Dia de Ação de Graças até o Ano Novo. De acordo com a empresa, isso cria uma estimativa de 3,5 bilhões de kWh de demanda extra de energia em todo o país no mês de dezembro.

“Enquanto isso, o fornecimento também pode variar por muitos motivos. Talvez haja um desastre natural ou apenas uma tempestade que derrube uma linha de transmissão. Talvez haja uma falha técnica em uma usina de energia ou ela tenha que passar por manutenção programada, correndo o risco de deixar parte da capacidade de geração de energia offline”, relataram.

Mesmo um desequilíbrio relativamente pequeno entre a oferta e a demanda de eletricidade pode causar problemas. Pode significar flutuações de tensão, desvios na frequência ou perda total de energia. 

Para garantir a estabilidade da rede, a Hoymiles afirma ser vital ter excelentes mecanismos e tecnologias para gerenciar e monitorar as operações da mesma. Mas, cada vez mais, é possível ver como a diversificação das fontes de energia elétrica que alimentam a rede também causa um grande impacto.

Como a distribuição de fontes reduz o risco de uma queda de energia?

Na maioria das vezes, a eletricidade da rede vem de usinas de energia e é distribuída usando linhas de transmissão. “Se você tiver uma falha ou interrupção em algum lugar dessa infraestrutura, você está realmente em apuros – não há outra fonte para preencher a lacuna”. 

“Diversificar fontes de energia é uma ótima maneira de mitigar essas vulnerabilidades. Quanto mais descentralizadas forem suas fontes de energia, maior será o risco. Se houver uma falha em algum lugar da sua infraestrutura, isso não elimina todo o seu suprimento de energia — apenas parte dele”, explicaram. 

Conforme a companhia, a energia solar é realmente o epítome da produção descentralizada de energia. Se cada casa ou empresa tivesse sua própria instalação solar fotovoltaica de pequena escala, isso significaria milhões de fontes diversificadas para alimentar a rede e compensar a falta se uma fonte primária caísse.

Por que a energia solar é uma ótima opção?

A energia solar é uma escolha particularmente atraente para isso porque é de risco muito baixo. De acordo com a empresa, ao contrário da maioria das outras fontes renováveis, aproveitar a energia solar é fácil. Você pode instalar um sistema de pequeno porte em qualquer edifício residencial ou comercial que tenha espaço externo e acesso à luz solar, adaptando-o para se ajustar ao formato do edifício. 

“Hoje em dia, podemos até instalar sistemas em varandas ou colocá-los em um lago. E não é como se fôssemos ficar sem luz solar tão cedo. A fonte fotovoltaica é um recurso infinito de acesso gratuito e que não depende de cadeias de suprimentos complexas. Não é de se admirar que alimentar a rede com energia solar seja uma perspectiva atraente para qualquer operador que queira tornar sua rede mais resiliente”, destacou a fabricante. 

Enfrentando os desafios da intermitência da energia solar

Segundo a Hoymiles, até recentemente, a solar não era vista como uma fonte de energia confiável. Isso ocorre principalmente porque depende da luz do sol. “No passado, você teria pouca esperança de usar energia solar se vivesse em um país com clima imprevisível, ou no inverno, quando a luz do sol é limitada”. 

“Essa falta de previsibilidade e consistência não é bom para a estabilidade da rede. Mas grandes desenvolvimentos na tecnologia de inversores e armazenamento de energia ajudaram a reduzir o impacto de alguns desses problemas”, apontaram.

Energia solar segue batendo recordes de expansão no Brasil e no mundo. Imagem: Freepik

Microinversores e inversores híbridos

Dois tipos de inversores de última geração estão se mostrando revolucionários para a estabilidade da rede. A primeira inovação, conforme a Hoymiles, é o microinversor, que desempenha o papel de converter a energia CC (corrente contínua) gerada pelos painéis solares em energia CA (corrente alternada), utilizada para alimentar dispositivos e edifícios.

“Os microinversores são impulsionadores de eficiência, maximizando o tempo de atividade e a produção de energia. Um inversor de string tradicional conecta uma linha inteira de painéis solares em série, convertendo toda a energia de todos esses módulos de uma vez”, pontuaram. 

“Mas isso não é ótimo para confiabilidade ou consistência. Se um desses painéis falhar ou estiver sombreado, não importa se seus outros módulos ainda estão absorvendo bastante luz solar. A produção de energia de toda essa linha de painéis vai cair”, enfatizou a companhia.

Crucialmente, um microinversor converte energia de cada painel solar individualmente. Isso significa que, se um painel falhar ou não receber luz solar suficiente, os outros continuarão trabalhando em capacidade máxima. O consumidor, portanto, pode gerar muito mais energia – e fazer isso de forma muito mais consistente.

“E então há inversores híbridos. Eles convertem eletricidade CC em CA também – mas podem converter CA de volta para CC, então você pode armazenar isso em baterias”, frisaram.

Armazenamento de bateria de última geração

A Hoymiles comentou ainda que havia uma grande preocupação sobre a confiabilidade da energia solar: não há como gerar energia solar à noite. Por conta disso, melhorias recentes na tecnologia de armazenamento de baterias ajudaram a resolver esse problema.

“Finalmente chegamos a um ponto em que você pode incorporar de forma confiável baterias de alta potência em uma instalação solar fotovoltaica. Durante os horários de pico, você pode usar energia solar para carregar as baterias (graças ao seu inversor híbrido) e então liberar a energia de volta quando precisar. Isso lhe dá eletricidade ininterrupta e confiável do sistema, mesmo quando não há luz solar”, concluíram.

Portfólio da Hoymiles

Entre os inversores híbridos que a Hoymiles oferece ao mercado estão, por exemplo, os modelos HYS-8.0LV-EUG2, HYS-10.0LV-EUG2 e HYS-12.0LV-EUG2 – com potências que variam de 8 kW a 12 kW. 

De acordo com a fabricante, a função EMS inteligente suporta modo de autoconsumo, econômico e modo de backup para diversas aplicações. Além disso, o gerenciamento de monitoramento por meio do Hoymiles Cloud permite que os usuários diagnostiquem e acompanhem remotamente o desempenho do sistema ao longo do tempo, maximizando a produção total de energia solar e a utilização da bateria.

Tais produtos contam ainda com 2 MPPTs, corrente máxima de entrada de 32 A, eficiência máxima de 97,6%, grau de proteção IP65, relação CC/CA de até 130% e pesam 41 kg.

Confira, no site, mais informações sobre os inversores híbridos, já disponíveis no mercado e que estarão em exposição na Intersolar South America, que ocorre entre os dias 27 e 29 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). 

Série HYS-LV-EUG2 da Hoymiles. Imagem: Hoymiles/Reprodução

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Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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