O Brasil acaba de ultrapassar a marca simbólica de 60 GW de potência instalada em operação no setor de energia solar, segundo dados atualizados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) na manhã desta quarta-feira (13).
O número considera a soma dos pequenos e médios sistemas de geração própria (42,05 GW), e das grandes usinas solares, responsáveis por 17,95 GW.
No acumulado do ano, já são mais de 7 GW adicionados, uma vez que no final de janeiro o país havia acabado de atingir a marca dos 53 GW.
Atualmente, a energia solar já conta mais de 23% de participação na matriz elétrica nacional, sendo a segunda maior fonte. A tecnologia perde apenas para as usinas hídricas, que detém mais de 43,3% do volume total.
Apesar do relevante crescimento, o setor tem enfrentado grandes desafios que prejudicam a aceleração ainda mais expressiva da energia solar e de outras fontes renováveis no país.
Entre os principais gargalos: a falta de ressarcimento aos empreendedores pelos cortes de geração renovável e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, sob a alegação de inversão de fluxo de potência.
Geração distribuída
Na GD (geração distribuída), a tecnologia fotovoltaica está presente em 99,9% das conexões do país, liderando de forma isolada o segmento. Atualmente, somente 11 municípios brasileiros do total de 5.570 não possuem ao menos um sistema de GD solar instalados.
Hoje, já são mais de 3,76 milhões de sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, beneficiando 6,61 milhões de unidades consumidoras em todo o território nacional.
A maior parte da potência instalada está em residências (20,84 GW), seguida por sistemas comerciais (11,95 GW), rurais (5,64 GW) e industriais (3,05 GW). Entre os estados, São Paulo lidera com 5,91 GW, seguido por Minas Gerais (5,31 GW) e Paraná (3,78 GW).
Geração centralizada
Na GC (geração centralizada), o Brasil soma 17,95 GW em grandes usinas solares. Um detalhe curioso é que até 2017 a geração solar centralizada sequer participava da matriz elétrica do Brasil.
Atualmente, os estados com maior capacidade instalada e proveniente de usinas solares centralizadas, se destacam: Minas Gerais, com 7,41 GW; Bahia, com 2,40 GW, e Piauí, com 2,09 GW.
Além dos empreendimentos em projetos em operação, o país também conta com 29,3 GW em fase de construção ou em vias de serem construídas, segundo a ANEEL.
Investimentos e benefícios ambientais
Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), desde o início da implantação da fonte no Brasil, o setor já atraiu R$ 266,8 bilhões em investimentos, gerou mais de 1,7 milhão de empregos e arrecadou R$ 83,1 bilhões para os cofres públicos.
Além dos impactos econômicos, a energia solar evitou a emissão de cerca de 88,1 milhões de toneladas de CO₂ na geração elétrica, contribuindo para a transição energética do país.
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