A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (2) que a estatal concentrará seus esforços na produção de combustíveis fósseis até 2035, com destaque para o diesel e que a companhia pretende adicionar 200 mil barris por dia ao mercado brasileiro, em meio ao cenário de possíveis sanções dos Estados Unidos contra países que importam petróleo da Rússia, como o Brasil.
Em entrevista à Bloomberg, Chambriard explicou que fontes renováveis como solar e eólica só serão prioridade para a Petrobras após 2035. Segundo ela, os próximos dez anos serão voltados às “moléculas fósseis”, embora haja planos paralelos para retomar a produção de etanol, com um projeto de etanol de milho já em desenvolvimento.
“Nós estamos dividindo esse futuro até 2050: a próxima década e o que vem depois desta década. Até 2035, moléculas [biocombustíveis], com certeza, serão nossa prioridade. A partir de 2035, aí tem um conjunto de energias”, afirmou em entrevista à Bloomberg. “Acreditamos que a solar, eólica, e o hidrogênio também serão mais importantes para nós a partir de 2035”, frisou ela.
A estratégia da atual gestão da Petrobras contrasta com a gestão anterior de Jean Paul Prates, que era favorável à expansão das energias renováveis. Prates, inclusive, havia anunciado planos para a produção de energia eólica em alto mar (offshore) e iniciativas para o fomento do hidrogênio verde no país.
Apesar disso, Chambriard ressaltou que a Petrobras não é “negacionista” e que está atenta às mudanças do mercado global, ressaltando que R$ 16,5 bilhões serão investidos pela empresa em combustíveis renováveis, como etanol, biodiesel e biogás, sem detalhar os projetos. Sobre a transição no setor automotivo, ela avaliou que os veículos híbridos devem dominar o mercado brasileiro, aumentando a demanda por etanol.
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