O Grupo Energisa anunciou o lançamento de uma plataforma de inovação voltada ao desenvolvimento de soluções para a flexibilidade da rede elétrica, um dos principais e atuais desafios do setor elétrico.
Batizada de FlexLab, a iniciativa prevê a seleção de parceiros como indústrias, startups e universidades para a criação de projetos voltados a esse novo modelo de operação da rede.
Em nota, a companhia informou que o edital será publicado em janeiro e que a plataforma tem como objetivo fomentar soluções como o uso de inteligência artificial para resposta à demanda, gestão inteligente de cargas e controle e armazenamento de energia.
“A cada chamada pública, a empresa espera aprovar de cinco a dez projetos. Os produtos serão desenvolvidos ou testados em ambiente real e poderão servir de base para novos modelos de negócio. O financiamento poderá ser composto por recursos próprios da empresa e por verbas de pesquisa e desenvolvimento da ANEEL”, destacou a empresa.
Ainda segundo a nota, a Energisa afirma que a ideia do FlexLab é criar condições para o desenvolvimento e validação de soluções capazes de aumentar a capacidade da rede, reduzir custos sistêmicos e apoiar a transição para um sistema mais digital e distribuído.
“Para criar esse mercado e encontrar novas ideias e soluções, a inovação aberta é a melhor opção. Em vez de fazer essa busca apenas com o nosso time interno, ao abrir a chamada e facilitar a colaboração, aumentamos as chances de encontrar caminhos para desafios específicos”, explicou Letícia Dantas, diretora de inovação do Grupo Energisa.
Como será a seleção de parceiros?
A escolha dos parceiros do FlexLab seguirá as diretrizes do edital. Segundo a companhia, o modelo adotado é temático e não prescritivo, ou seja, não há definição prévia de qual solução deve ser desenvolvida.
“Geralmente, as empresas fazem chamadas para projetos específicos, com entregas pré-determinadas. No FlexLab, trabalhamos com o tema flexibilidade. A entrega pode ser um produto, um serviço, uma nova forma de tarifação ou até um modelo de negócios. Os resultados podem ir de uma patente a um novo modelo de negócio”, diz Letícia.
Os projetos selecionados poderão utilizar a infraestrutura da Energisa, que mantém dois laboratórios de testes: um em Uberlândia (MG) e outro em Palmas (TO).
Os parceiros não precisarão estar presencialmente nessas unidades em tempo integral, mas terão acesso aos espaços para o desenvolvimento e a validação das soluções. As iniciativas serão executadas em ciclos anuais, com início e fim definidos.
Os critérios finais de seleção ainda estão em elaboração, mas dois pontos serão determinantes: impacto para o negócio e capacidade de gerar regulação. O orçamento dependerá da demanda apresentada pelos proponentes e, como se trata de uma frente de inovação, a seleção seguirá o modelo de pitch adotado por startups.
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