Engie Brasil compra duas hidrelétricas por R$ 2,95 bilhões

UHE Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão são operadas pela EDP Brasil e CTG
UHE Santo Antônio do Jari. Foto: Divulgação/site/CTG

A Engie Brasil anunciou na última sexta-feira (21) a aquisição das usinas hidrelétricas Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão, pertencentes à EDP Energias do Brasil e à China Three Gorges Energias. 

A operação, avaliada em R$ 2,95 bilhões, inclui R$ 2,28 bilhões em equity e R$ 671,5 milhões em dívidas, e faz parte da estratégia da companhia de reforçar seu portfólio com ativos operacionais.

“A operação criará valor aos acionistas ao nos permitir alocar capital em ativos já operacionais e com receitas seguras e de longo prazo, com bom equilíbrio entre riscos e retornos”, afirmou o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie Brasil, Eduardo Takamori, em nota ao mercado.

Detalhes dos ativos adquiridos

A UHE Santo Antônio do Jari possui 393 MW de potência instalada e 211 MW médios de capacidade comercial. A usina está localizada no Rio Jari, entre os municípios de Laranjal do Jari (AP) e Almeirim (PA). 

Em operação comercial desde 2014, sua concessão tem validade até outubro de 2045.A energia da usina está contratada no ACR (Ambiente de Contratação Regulada ) por meio de dois leilões:

  • 190 MW médios foram negociados no 11º Leilão de Energia Nova de 2010, ao preço de R$ 230,42/MWh (valores ajustados para outubro/2024). 
  • 20,9 MW médios foram contratados no 15º Leilão de Energia Nova de 2012, a R$ 161,43/MWh (outubro/24). 

Já a UHE Cachoeira Caldeirão, situada no Rio Araguari, em Ferreira Gomes (AP), possui 219 MW de potência instalada e 123 MW médios de capacidade comercial. Sua operação comercial começou em 2016, com concessão válida até agosto de 2048.

A usina tem 130 MW médios contratados no 15º Leilão de Energia Nova de 2012, com preço de R$ 187,63/MWh (outubro/24).

Com essa aquisição, a Engie fortalece sua posição no mercado de geração hidrelétrica, consolidando um portfólio com contratos de longo prazo e ativos estratégicos.

“A aquisição destes dois ativos está totalmente alinhada ao foco estratégico de fortalecimento da nossa posição no setor elétrico, aumentando o peso das hidrelétricas em nosso parque gerador e alongando o prazo médio de concessões com capacidade totalmente contratada a longo prazo no mercado regulado”, destacou o Diretor-Presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini.

O fechamento da operação está sujeito à aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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