Galp desiste de 24 projetos solares no Brasil

Reavaliação dos ativos se deu devido aos baixos preços da energia e ao aumento dos custos de desenvolvimento dos empreendimentos
Galp desiste de 24 projetos solares no Brasil
Estrutura pronta para receber módulos solares. Imagem: Pixabay

A multinacional portuguesa Galp comunicou ao mercado sua desistência de 24 projetos fotovoltaicos no Brasil. A informação está presente no balanço financeiro do segundo trimestre da empresa, divulgado nesta semana.

O Canal Solar entrou em contato com a Galp para obter mais detalhes sobre os projetos, mas a empresa apenas justificou a decisão, alegando que a reavaliação dos ativos se deu devido aos baixos preços da energia e ao aumento dos custos de desenvolvimento dos empreendimentos.

“As questões relacionam-se com a reavaliação do portfólio de desenvolvimento no segmento das renováveis, sobretudo no Brasil, tal como tem vindo a ser comunicado pela Galp desde outubro de 2023. Esta reavaliação reflete a disciplina financeira e a adequação necessária às atuais dinâmicas de mercado desafiantes, nomeadamente preços de eletricidade estruturalmente baixos e a inflação no desenvolvimento de projetos”, disse em nota. 

Em outubro de 2021, a Galp anunciou sua entrada no mercado brasileiro de energia renovável com a aquisição de dois projetos em fase inicial de desenvolvimento nos estados da Bahia e Rio Grande do Norte, totalizando 564 MW de capacidade.

Na época, a empresa possuía um portfólio de 4,7 GW de empreendimentos de energia renovável em desenvolvimento ou em operação em Portugal, Espanha e Brasil, com a meta de alcançar 12 GW até 2030.

Ao final de 2023, o portfólio de energias renováveis da Galp somava 7,1 GW, considerando projetos em operação (1,4 GW) e em desenvolvimento (5,7 GW). 

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

4 respostas

  1. É possivel que as decisões da Aneel através de resoluções que favorecem as distribuidoras é uma das razões dela correr do mercado brasileiro.

  2. Quer dizer que o valor das contas de energia nesses dois estados são de baixos valores , foi o que inviabilizou o negócio da GALP?

  3. E sempre assim o Brasil só destrói tudo que e de bom para o país. Temos o maior potencial de geração do planeta , e poderíamos muito bem sermos independente, destas energias caras como a termo elétrica e energias de fontes poluentes . termos somente a hídrica trabalhando juntamente com a solar e a Eólica, beneficiando toda a população . mas não temos que ficar com as fontes de energia cara , e vamos continuar a espantar tudo que pode beneficiar o nosso povo e o nosso país… viva o Brasil … Este e um país que vai pra frente…..

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