O aceno de imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros destinados ao mercado dos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto, comunicada na noite desta quarta-feira (9), por meio de carta do governo americano a autoridades brasileiras, foi recebida com preocupação pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
Em nota, a entidade informa que os Estados Unidos foram os principais destinos das exportações de produtos do setor, apresentando crescimento de 23,1% nos seis primeiros meses deste ano comparado com igual período de 2024, ampliando sua participação de 26% para 29% neste período.
A medida afetaria, principalmente, as vendas externas de equipamentos elétricos de grande porte, principais itens exportados, tendo em vista os investimentos consideráveis naquele país para a criação de uma infraestrutura de recarga de veículos elétricos em todo o território.
GTD
Também poderão ser atingidas, segundo a associação, as exportações de motores e geradores, componentes para equipamentos industriais, máquinas para processamento de dados, instrumentos de medida, entre outros.
De janeiro a maio de 2025, por exemplo, segundo boletim mais recente da Abinee, foi significativo o aumento de 28,6% nas vendas externas de itens de GTD (geração, transmissão e distribuição).
O destaque ficou para a elevação de 43% nas exportações de transformadores, que somaram US$ 342 milhões, segundo produto mais exportado do setor. A maior parte dessas vendas foram realizadas justamente para os Estados Unidos.
Diplomacia
O Brasil terá que ir à mesa de negociação para reverter esse nível tarifário que, de acordo com a Abinee, inviabilizará as vendas externas das empresas do setor.
“É importante que o diálogo entre os dois países seja preservado, mantendo uma tradição diplomática de cerca de 200 anos, alicerçada no intercâmbio comercial e cultural, com resultados benéficos para o desenvolvimento econômico e social de ambas as nações”, diz a nota da entidade.
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