Instalações solares devem bater 698 GWp em 2025, projeta BloombergNEF

Fonte fotovoltaica deve registrar um ritmo médio de crescimento de 3,6% ao ano, segundo a entidade 
Instalações solares devem bater 698 GWp em 2025, projeta BloombergNEF
Foto: Freepik

As novas adições globais de energia solar chegarão a 698 GWp em 2025, representando um crescimento de 17% em relação aos 599 GWp adicionados em 2024. A projeção foi divulgada nesta semana pela BloombergNEF em evento realizado pela CPIA (Associação da Indústria Fotovoltaica da China). 

Esse número seria superior à previsão feita pela própria entidade no início do ano, que estimava um volume de 670 GWp para 2025. Segundo a análise, a fonte solar deve registrar um ritmo médio de crescimento de 3,6% ao ano até 2035. 

Em 2026 e 2027, a previsão é de 753 GWp e 780 GWp instalados, respectivamente. A marca simbólica dos 800 GWp será ultrapassada em 2028, chegando a 993 GWp até 2035.

Até lá, a China seguirá como principal mercado solar do mundo, com uma previsão de 368 GW instalados só em 2025. Desse total, grande parte será de projetos em larga escala, mas também estão previstos sistemas comerciais e residenciais. 

Nos Estados Unidos, o crescimento continuará forte, mesmo com incertezas políticas. A previsão é de 54 GW em 2025, levemente acima dos 50 GW recordes instalados em 2024. O avanço tem sido impulsionado por grandes empresas, principalmente do setor de tecnologia, que seguem investindo em energia limpa.

Segundo a BloombergNEF, um dos principais fatores que devem seguir estimulando o crescimento da fonte solar no mundo é a queda expressiva no preço dos equipamentos.

A entidade aponta que, entre janeiro de 2022 e janeiro de 2025, os preços dos módulos fotovoltaicos caíram 60%, enquanto os das células solares recuaram 44%, os wafers 79% e o polissilício 84%. 

Essa redução de custos, segundo a entidade, abre espaço para a entrada da energia solar em mercados ainda pouco explorados, como Turquia e Arábia Saudita. 

Por outro lado, os preços mais baixos também têm pressionado os lucros dos fabricantes ao longo da cadeia produtiva, levando a uma consolidação do setor e expansão da produção fora da China.

A BloombergNEF destaca, por exemplo, que a Índia já é o segundo maior polo mundial na fabricação de módulos solares, com 74 GW de capacidade anual, seguida pelos Estados Unidos (50 GW) e pelo Vietnã (40 GW). 

A Tailândia, com 34 GW de capacidade de produção de células, e o Vietnã, com 30 GW em wafers, também se destacam.

Avaliação do cenário atual

Ao Canal Solar, Felipe Santos, diretor regional LATAM da DAH Solar, afirmou que os dados apresentados pela BloombergNEF reforçam a tendência de crescimento constante do setor fotovoltaico, mesmo diante de um cenário global desafiador e marcado por tensões geopolíticas.

O avanço do segmento também pode ser observado em outras projeções recentes, como a do think tank australiano Climate Energy Finance (CEF), que estima que a capacidade global de fabricação de painéis solares deve atingir 1,8 TW ainda em 2025 – o triplo do volume registrado no ano anterior, conforme reportagem publicada pelo Canal Solar nesta semana.

“A questão do desequilíbrio atual entre oferta e demanda está sendo amenizada, no curto prazo, pelo sistema de produção em cotas implementado no fim de 2024. Já no médio e longo prazo, esse ajuste deve ocorrer naturalmente, à medida que novas tecnologias avancem, linhas de produção obsoletas sejam descontinuadas e as expansões de capacidade passem a ser analisadas com mais critério por parte dos fabricantes”, avaliou Santos.

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Foto de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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