O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a medida oficial da inflação no Brasil, registrou um aumento de 0,38% em julho, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (09).
O resultado representa uma aceleração em relação a junho, quando o IPCA subiu 0,21%. O grupo de Transportes foi o principal responsável pelo avanço da inflação, com uma alta de 1,82%, o que contribuiu com 0,37 p.p (ponto percentual) para a taxa geral.
Na sequência, veio o grupo Habitação (0,77% e 0,12 p.p.), que foi influenciado, principalmente, pela alta da energia elétrica residencial (1,93% e 0,08 p.p). Assim como em junho, o aumento das tarifas em julho ficou acima da inflação.
No mês passado, entrou em vigor a bandeira tarifária amarela e que acrescentou R$1,885 a cada 100 kwh consumidos. Em agosto, a bandeira voltou para o patamar verde, deixando de haver cobrança extra na conta de luz.
No acumulado do ano, o IPCA soma uma alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,5% – acima dos 4,23% observados nos 12 meses anteriores e atingindo o teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Como é calculado o IPCA?
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, que vivem em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de maio a 28 de junho de 2024 (base).
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