A barragem Edgard de Souza, localizada no Rio Tietê, altura do município de Santana de Parnaíba (SP), voltará a contar com produção de energia elétrica destinada ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Essa função foi alterada em 1952, quando passou a atuar como usina elevatória, desativada em 1982.
A dona do empreendimento, a EMAE (Empresa Metropolitana de Água e Energia), foi uma das vencedoras do Leilão A-5 de Energia Nova, operacionalizado no dia 22 de agosto, para atendimento da demanda das companhias distribuidoras.
Ao ter sucesso na comercialização de energia durante o certame, a EMAE conseguiu viabilizar a motorização da barragem, que hoje funciona exclusivamente para controle de cheias na Região Metropolitana de São Paulo.
Originalmente implantado como usina hidrelétrica em 1901, pela antiga Light, o complexo contava com potência de apenas 500 KW. Haverá a instalação de uma capacidade de 18 MW, o que equivale ao atendimento do consumo de eletricidade de 65 mil unidades residenciais de uma cidade do porte de São Caetano (SP).
O investimento previsto na futura PCH (Pequena Central Hidrelétrica) é de R$200 milhões, segundo a empresa. As regras do Leilão A-5 estabelecem o início do fornecimento de energia para 1º de janeiro de 2030.
A previsão da EMAE, no entanto, é de que a conclusão da PCH seja antecipada. Isso porque, além da barragem, já há reservatório e parte da casa de força.
A operação, segundo cálculos, deve começar em 2028, o que permitirá à EMAE disponibilizar energia ao mercado livre até o início contratual do atendimento ao SIN, dois anos depois.
De acordo com a EMAE, a obra irá contribuir para reforçar a segurança energética de uma região econômica relevante, incluindo a cidade de São Paulo.
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