O mercado de armazenamento de energia no Brasil ainda está em fase inicial, mas já revela onde estão as maiores oportunidades: no segmento comercial e industrial (C&I). Essa é a avaliação de Thiago Schoba, gerente de Marketing da Solis, para quem a adoção de sistemas com baterias vai além da simples economia na fatura de energia.
“Enquanto o segmento residencial enfrenta barreiras econômicas e regulatórias que ainda não permitem o empilhamento de receitas, para o C&I a motivação é mais estratégica. O armazenamento oferece respostas diretas a problemas de produtividade e confiabilidade elétrica. Em muitos casos, a continuidade operacional é um ativo vital”, explica.
Ele lembra que uma fábrica parada por horas devido a uma falha na rede pode acumular prejuízos maiores que o próprio investimento em um sistema robusto de backup. É nesse contexto que, segundo Schoba, os inversores híbridos de alta tensão despontam como solução competitiva.
Além de responderem de forma instantânea a falhas, garantem estabilidade de tensão e proteção contra microinterrupções — aspectos fundamentais em setores que dependem de processos contínuos, como data centers, linhas de corte a laser, sistemas CNC e indústrias plásticas.
Outra aplicação em crescimento é o grid zero. Em vez de desperdiçar o excedente de geração fotovoltaica, os sistemas híbridos direcionam a energia para as baterias, maximizando o autoconsumo. “É a solução definitiva para instalações que buscam independência e segurança energética”, reforça Schoba.
De acordo com pesquisa da Greener divulgada em maio, um sistema fotovoltaico comercial de 50 kW pode se pagar em menos de dois anos. Mesmo com o acréscimo das baterias, o retorno sobre o investimento segue altamente competitivo — especialmente quando comparado ao custo de paradas não programadas.
“As baterias de lítio oferecem um tempo de resposta instantâneo e uma proteção que as soluções tradicionais dificilmente conseguem entregar com a mesma eficiência”, acrescenta.
Reforma do setor pode acelerar mercado, avalia Solis
Na visão da Solis, o cenário deve se tornar ainda mais favorável com a reforma do setor elétrico, em discussão no Congresso, e com a iminente regulamentação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). A expectativa é de que novas regras tragam remuneração para agentes armazenadores, o que abriria espaço para diferentes modelos de negócio.
“Esse será um passo decisivo para empresas que querem liderar a transição energética. A Solis, como uma das líderes globais em inversores, já está preparada para guiar o mercado C&I nessa nova era”, afirma Schoba.
A fabricante participa da Intersolar South America 2025, entre 26 e 28 de agosto, onde vai apresentar soluções de armazenamento e sistemas de grid zero para o mercado C&I. Durante o evento, também promoverá um pré-lançamento exclusivo: o inversor híbrido de 125 kW, projetado para atender às mais altas demandas do setor comercial e industrial.
“Queremos mostrar, na prática, como é possível transformar desafios em oportunidades e fortalecer a segurança energética das empresas brasileiras. O futuro da energia solar com armazenamento já começou, e estamos prontos para ser protagonistas dessa jornada”, conclui.
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