A performance de usinas solares e eólicas em julho reforçou o protagonismo de Minas Gerais e Piauí na geração renovável do país. Os dados, divulgados pela Datlaz com base nas informações disponibilizadas pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), mostram que os dois estados concentraram os melhores fatores de capacidade no mês e sinalizam tendências relevantes para investidores e operadores do setor.
No segmento fotovoltaico, a UFV Sobrado I, da Proton Energy, instalada na Bahia, liderou o ranking com fator de capacidade (FC) de 31,08%. Minas Gerais emplacou oito empreendimentos no Top 15 e se consolidou como o estado mais representativo em geração solar centralizada. Na média por estado, Rondônia apresentou o melhor desempenho (22,10%), à frente de Paraíba (19,00%) e Minas Gerais (18,35%).
O levantamento também destacou os fornecedores mais recorrentes: módulos LONGi, GCL e Canadian Solar, trackers da Array Tech (STI), PV Hardware e Soltec, além de inversores da Huawei e Power Electronics. Entre os investidores mais atuantes figuram Proton Energy, Newave Energy, Global Power Generation, Comerc Renew e Astra Investimentos.
Já para o mercado da energia eólica, o Piauí alcançou um fator de capacidade médio de 59,29%, superando Bahia (45,93%) e Pernambuco (45,78%). Os melhores desempenhos individuais foram registrados pelas usinas Santa Ângela 13 (PI), Oeste Seridó V (RN) e Ventos Santa Ângela (PI).
Entre fabricantes de aerogeradores, predominam Vestas, Nordex-Acciona e GE Energy. No campo dos investidores, aparecem nomes de peso como Enel Green Power, Engie Brasil, Brookfield (Elera) e Contour Global.
Implicações para o mercado
Na avaliação da Datlaz, o levantamento evidencia o avanço das fontes solar e eólica como pilares da matriz elétrica, em um cenário de hidrologia mais instável. Para especialistas, o desempenho consistente das usinas reforça a atratividade dos ativos de geração renovável e o apetite de investidores internacionais no país.
“Ao acompanhar fatores de capacidade mês a mês, é possível identificar padrões tecnológicos e geográficos que orientam decisões de expansão e competitividade do setor”, destacou a Datlaz em nota.
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