Uma mulher danificou 11 equipamentos na agência da Equatorial Piauí, no Centro de Teresina (PI), na manhã desta quarta-feira (29), em protesto contra a falta de energia em sua residência. Segundo relatos, ela teria perdido o controle após não conseguir resolver o problema com a distribuidora.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a cliente, visivelmente abalada, derrubando nove monitores e duas impressoras dos guichês de atendimento. Em seguida, ela chora e desabafa: “Eu estou cansada, eu não aguento mais”.
A consumidora, que trabalha como cozinheira e vendedora de marmitas, relatou que estava há mais de 15 dias sem energia elétrica — o que inviabilizava seu trabalho e sua principal fonte de renda. Durante o episódio, funcionários e clientes se afastaram; alguns atendentes deixaram o salão.
Após depois do ocorrido, a mulher publicou um vídeo nas redes sociais pedindo desculpas aos funcionários e afirmando que o ato foi um desabafo extremo. “Não era culpa deles (funcionários). Em momento algum quis atingi-los”, lamentou.
Em nota, a Equatorial Piauí informou que respeita o direito de manifestação dos consumidores, mas repudia atos de vandalismo e danos ao patrimônio. A empresa acrescentou que uma equipe técnica foi enviada à residência da cliente na tarde de quarta-feira (29), mas não encontrou ninguém no local e que, segundo seus registros, o fornecimento de energia estava regular no imóvel.
Piauí tem um dos piores índices de continuidade elétrica do país
De acordo com o último relatório anual da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), os piauienses enfrentaram, em média, sete interrupções no fornecimento de energia em 2024, que somaram 21 horas e 4 minutos sem luz — mais que o dobro da média nacional, de 10 horas e 14 minutos.
O desempenho levou à aplicação de R$ 15,9 milhões em compensações automáticas a consumidores prejudicados pela Equatorial Piauí, responsável pela distribuição no estado.
A Aneel utiliza dois indicadores para medir a qualidade do serviço: o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção). No caso da Equatorial Piauí, ambos ficaram acima dos limites estabelecidos pela agência, o que posiciona o estado entre os dez piores do país em continuidade do fornecimento elétrico, conforme ilustra a imagem abaixo:

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