O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) divulgou, no boletim do PMO (Programa Mensal da Operação) referente à última semana operativa de julho, que os níveis de EAR (Energia Armazenada) — indicador que representa a quantidade de energia estocada nos reservatórios das hidrelétricas — devem superar a marca de 50% em todos os subsistemas do país ao final do mês.
A previsão mais otimista é para a região Norte, que deve encerrar julho com 90,8% de EAR. As demais regiões apresentam os seguintes percentuais: Sul com 78,4%, Nordeste com 60,9% e Sudeste/Centro-Oeste com 59,4%.
Segundo o ONS, níveis acima de 50% são considerados adequados para garantir a operação segura do SIN (Sistema Interligado Nacional), mas requerem acompanhamento, sobretudo durante o período seco, quando a reposição hídrica natural é menor.
Já a ENA (Energia Natural Afluente) — volume de água que chega aos reservatórios e que pode ser convertida em energia — está estimada abaixo da MLT (Média de Longo Termo), que corresponde à média histórica do volume de afluência registrado ao longo de décadas.
Para agosto, os valores previstos de ENA em relação à MLT são:
- Sul: 82% da MLT;
- Sudeste/Centro-Oeste: 76%;
- Norte: 65%;
- Nordeste: 47%.
Segundo o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, a estabilidade nos níveis de armazenamento “garante as condições de operação do SIN para atender de forma segura e eficiente às demandas de energia do país”, disse ele.
Ele destacou ainda que o Operador segue adotando uma política de preservação dos recursos hídricos, especialmente durante o período seco — que vai de maio a setembro —, quando a redução no volume de chuvas pode impactar os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, exigindo maior rigor na gestão do SIN (Sistema Interligado Nacional).
Demanda e CMO
As previsões para a demanda de carga em agosto indicam crescimento em três dos quatro subsistemas. A maior alta deve ocorrer no Sul, com 3,5% (13.550 MWmed), seguida pelo Norte, com 2,4% (8.268 MWmed), e pelo Nordeste, com 0,3% (12.786 MWmed).
Já o Sudeste/Centro-Oeste deve registrar retração de 2,7% (42.205 MWmed), o que também impacta o resultado consolidado do SIN, com leve queda de 0,6% (76.809 MWmed).
O CMO (Custo Marginal de Operação), valor que baliza o preço da energia no mercado de curto prazo, segue unificado para todos os subsistemas, fixado em R$ 315,08/MWh para a próxima semana operativa.
Clique aqui para conferir o relatório do ONS na íntegra.
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