O aumento das temperaturas em diversas regiões do Brasil ao longo de dezembro está impulsionando uma previsão de crescimento de 4% na carga total do SIN (Sistema Interligado Nacional).
O boletim do PMO (Programa Mensal da Operação) aponta que, entre os dias 13 e 19 de dezembro, a carga no SIN deverá alcançar 83.206 MWmed, com os subsistemas Norte, Sul e Nordeste apresentando variações significativas.
O Norte do país é o que deve registar maior crescimento, com uma estimativa de aumento de 11,1% na carga, alcançando 8.731 MWmed, seguido pelo Sul, com uma expansão de 9%, correspondente a 14.575 MWmed, e pelo Nordeste, com um crescimento de 3,2%, somando 14.019 MWmed.
O Sudeste/Centro-Oeste, por sua vez, deverá registrar um avanço mais modesto de 1,5%, totalizando 45.880 MWmed.
Segundo Márcio Rea, diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), as variações no crescimento da carga de energia refletem as condições climáticas do país e explicou que as temperaturas estão dentro da faixa normal ou ligeiramente acima da média para o período, o que, naturalmente, eleva a demanda de energia.
Rea disse ainda que, essas condições são típicas para esta época do ano e que o ONS tem os recursos necessários para garantir o fornecimento de energia de forma mais eficiente.
Em termos de ENA (Energia Natural Afluente), as previsões para os próximos dias indicam que as afluências estarão acima de 80% da Média de Longo Termo nos subsistemas Sul (82%) e Sudeste/Centro-Oeste (81%).
No Norte, a projeção é de 79% da MLT, enquanto no Nordeste as afluências devem ficar em 41% da MLT, o que pode afetar a geração em algumas usinas hidrelétricas da região.
A EAR (Energia Armazenada) também apresenta previsões para o final de dezembro, com níveis estimados em 68% no Sul e 55,2% no Norte. No Sudeste/Centro-Oeste, a previsão é de 45,3% e, no Nordeste, de 47%.
Além disso, o CMO (Custo Marginal de Operação), que indica o custo da geração de energia a ser operada para equilibrar a oferta e demanda, está projetado em R$ 300,87 para todos os subsistemas. Esse valor reflete a operação do sistema diante das condições atuais de carga e geração.
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