O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) apresentou, nesta terça-feira (8), os resultados do PEN 2025 (Plano da Operação Energética). O documento traz as projeções e avaliações das condições de atendimento ao mercado de energia elétrica do SIN (Sistema Interligado Nacional) para os próximos cinco anos.
Entre os principais destaques está a estimativa de crescimento de 14,1% na carga de energia até 2029, o que representa uma média de 3,4% ao ano. Com isso, o consumo deverá alcançar aproximadamente 94,6 GW médios ao final do período, já considerando a representação da MMGD (micro e minigeração distribuída).
Na oferta de energia elétrica, o plano projeta um acréscimo de 36 GW de capacidade instalada de energia entre dezembro de 2024 e o fim de 2029, elevando o total para 268 GW. A previsão é que a MMGD e a geração centralizada solar representem 32,9% deste montante.
O relatório também chama atenção para as mudanças no perfil da matriz elétrica nacional, com a crescente participação de fontes renováveis intermitentes no atendimento ao SIN – cenário esse, que segundo o ONS, tem exigido maior flexibilidade das fontes convencionais, sobretudo das hidrelétricas, que são mais controláveis e oferecem resposta rápida à regulação da potência.
Nesse contexto, o PEN 2025 recomenda a adoção de medidas para ampliar a flexibilidade operativa do parque gerador, além da evolução de ferramentas computacionais que auxiliem na análise da capacidade do sistema em absorver essas novas demandas.
“Com o crescimento das fontes intermitentes, novos desafios também surgiram para a operação. Dessa forma, precisamos cada vez mais de flexibilidade no sistema, com fontes de energia controláveis, que nos atendam de forma rápida para termos o equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia, especialmente nos horários em que temos as chamadas rampas de carga”, destaca Marcio Rea, diretor-geral do ONS.
Atenção no curto e longo prazo
Sob o ponto de vista conjuntural, o documento divulgado pelo ONS reforça a necessidade de preparar o sistema para despachos elevados de usinas termelétricas no segundo semestre, especialmente a partir de outubro de 2025.
Já na perspectiva estrutural, os resultados do PEN 2025 confirmam as análises das edições anteriores: o sistema segue apresentando desequilíbrio em termos de potência, o que exige atenção especial do setor para garantir a confiabilidade do atendimento nos próximos anos.
Confira o documento completo divulgado pelo ONS, clicando neste link.
Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: redacao@canalsolar.com.br.