O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) prevê que os reservatórios das usinas hidrelétricas de todos os subsistemas brasileiros deverão apresentar reduções significativas em suas capacidades ao final do mês de agosto.
No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% da energia armazenada do SIN (Sistema Interligado Nacional), o nível dos reservatórios deve atingir 55,2% em 31 de agosto, uma queda de 8 pontos percentuais em relação ao registrado neste domingo (28).
Na região Sul, a queda na capacidade de armazenamento deve ser de quase 10 pontos percentuais (de 90,2% para 80,9%); enquanto que no Nordeste a redução prevista é de quase 7 pontos percentuais (de 63,88% para 56,8%).
A região Norte é a que deverá apresentar a menor redução entre todos os subsistemas, se mantendo razoavelmente estável no período. A queda estimada é de pouco mais de 1% (de 85.46% para 84%), conforme ilustra a imagem abaixo.
“A política operativa do ONS para o próximo mês prevê que o Sudeste/Centro-Oeste mantenha a geração dimensionada para manter o controle do nível dos reservatórios, economizando os recursos hídricos da região que concentra 70% dos reservatórios do SIN”, destaca o Operador.
Para o Nordeste, a perspectiva do Operador é uma geração dimensionada para maximizar os níveis de exportação de energia. “Isso significa aproveitar ao máximo a geração eólica, que tende a crescer no período entre julho e setembro”, pontua a entidade.
Em relação a região Sul, a entidade aponta que as condições favoráveis de afluência permitem que a produção no submercado seja ampliada em todos os patamares de carga.
Por fim, para o subsistema Norte a prioridade do ONS é o monitoramento das afluências e vazões nas suas principais bacias. Acompanhe a atualização diária do nível dos reservatórios brasileiros, clicando aqui.
Chuvas abaixo da média
O boletim divulgado pelo ONS estima que as chuvas que chegarão às hidrelétricas em agosto deverão ficar abaixo da média histórica em todas as regiões do país: 59% da média no Sudeste/Centro-Oeste; 92% para o Sul; 42% no Nordeste e 50% no Norte.
Em contrapartida, a carga de energia no SIN foi projetada em 75.432 MW médios, o que corresponde a um crescimento de 3,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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