O Paraguai deve passar a consumir 50% da energia gerada pela usina hidrelétrica de Itaipu a partir de 2035, impulsionado pelo crescimento econômico e pela demanda energética de setores como mineração de criptomoedas, data centers e hidrogênio verde. A estimativa é da diretoria da binacional.
Hoje, o país utiliza cerca de 30% da produção total da usina e comercializa o excedente com o Brasil — operação que ganhou peso nas discussões bilaterais após a quitação da dívida de Itaipu, em 2023. No último dia 8, o Canal Solar já havia antecipado que o aumento da demanda paraguaia poderia afetar o mercado energético brasileiro.
Segundo os diretores da usina, o avanço do consumo está diretamente ligado à expansão do parque industrial do país e à chegada de novos setores de energia intensiva, como o de fertilizantes e o de hidrogênio verde.
A expectativa é que, em até dez anos, o Paraguai utilize integralmente sua cota de energia — equivalente à metade da geração total da hidrelétrica. Desde 1984, Itaipu já acumulou mais de 2,9 bilhões de MWh gerados, sendo uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo em volume.
Energia solar pode dobrar capacidade de Itaipu
Na última sexta-feira (18), foi divulgado que Brasil e Paraguai pretendem incluir novas fontes de geração no tratado de Itaipu, com destaque para a energia solar flutuante. A proposta é utilizar painéis solares sobre o lago da usina para dobrar sua capacidade de geração.
Também conforme noticiado pelo Canal Solar, um projeto-piloto já está em andamento na margem paraguaia, com capacidade prevista de 1 MW e investimentos de US$ 850 mil. A ordem de serviço foi assinada em março deste ano e a conclusão da planta está prevista para 2025.
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