O ITA (Acelerador de Transição Indústria, em português) abriu uma chamada pública para receber projetos que contribuam para a descarbonização da indústria pesada brasileira.
Segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), o Brasil será o primeiro país a contar com recursos do programa global, que é financiado pela Bloomberg Philanthropies e pelos Emirados Árabes Unidos.
Criado na COP 28, em dezembro de 2023, o ITA reúne líderes globais de toda a indústria, instituições financeiras e governos com foco em desbloquear investimentos para promover a implantação rápida de soluções de descarbonização.
A prioridade são os projetos ligados aos setores de alumínio, cimento, produtos químicos (incluindo fertilizantes), siderúrgico, aviação e do transporte marítimo e, idealmente, abordar as atividades com maior intensidade de emissões desses setores (ou seja, fundição de alumínio, produção de clínquer, produção de amônia, siderurgia e uso de combustível marítimo).
As propostas selecionadas poderão receber um aporte de € 3 milhões (R$ 21 milhões) para desenvolvimento dos projetos. O prazo para contribuições vai até setembro.
Os projetos deverão empregar tecnologias alinhadas com NET Zero, capazes de atingir reduções significativas de gases de efeito estufa a curto prazo, com um caminho claro para atingir emissões quase nulas até 2030.
“Com a ajuda do ITA, poderemos identificar e apoiar projetos que levarão à descarbonização em nossos setores de alta emissão, proporcionando acesso ao investimento privado e fomentando a indústria e garantindo a posição do Brasil como líder na transição global para energia limpa”, declarou Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC.
“Tendo em vista o grande potencial para descarbonizar os setores de indústria pesada e de transporte do Brasil e aproveitar as novas oportunidades econômicas proporcionadas pela transição industrial, o ITA tem o prazer de fazer parceria com o governo brasileiro para acelerar seu portfólio emergente de projetos industriais verdes”, afirmou a diretora-executiva do ITA, Faustine Delasalle.
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