O IAT (Instituto Água e Terra) concedeu à empresa Ventos Sul Energia a licença de instalação do Complexo Eólico Palmas II, um dos maiores empreendimentos de energia renovável do Paraná. O documento, válido até 2031, autoriza o início das obras e consolida o avanço do Estado na diversificação de sua matriz elétrica. A entrega oficial da licença ocorreu na semana passada, com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Com investimento estimado em R$ 3,5 bilhões, o projeto terá 504 megawatts (MW) de potência instalada e será construído no município de Palmas, no Sudoeste paranaense. O complexo contará com 72 aerogeradores de 7 MW cada, montados em torres de concreto de 160 metros de altura, distribuídos em sete parques eólicos que ocuparão uma área de aproximadamente 145 hectares.
A expectativa é que o empreendimento gere 150 mil megawatts-hora (MWh) por mês, energia suficiente para atender 300 mil residências, ou cerca de 1,2 milhão de pessoas. A fase de construção deve durar dois anos e criar até 5 mil empregos diretos e indiretos, com prioridade para trabalhadores da região.
Com a emissão da licença, a Ventos Sul Energia está autorizada a iniciar as obras civis e de infraestrutura, incluindo torres, acessos, subestações e sistemas elétricos de interligação. A LI (Licença de Instalação) representa um marco decisivo para a viabilidade do projeto, oferecendo segurança jurídica e ambiental e ampliando o potencial de atração de novos investidores.
Após a conclusão das obras, a empresa precisará solicitar ao IAT a LO (Licença de Operação), que permitirá o início efetivo da geração de energia. Até lá, seguem as etapas de execução, monitoramento e cumprimento das condicionantes ambientais definidas pelo órgão estadual.
O próximo passo técnico envolve a conexão do complexo ao SIN (Sistema Interligado Nacional), por meio de uma linha de transmissão de 525 kV que ligará a Subestação Coletora de Palmas ao ponto de conexão da Eletrosul, em General Carneiro (PR).
Além do projeto eólico, o Paraná deverá receber R$ 1,1 bilhão em novos investimentos para a implantação de 11 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em 15 municípios, reforçando o protagonismo do Estado na geração de energia limpa e descentralizada. Atualmente, o Paraná conta com 114 PCHs e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) em operação, consolidando-se como uma das principais referências do país em fontes renováveis.
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