Relatório da MP 1.300 será apresentado hoje com foco exclusivo na tarifa social

Outros temas, como abertura do Mercado Livre, serão incorporados na MP 1304, que tem prazo de validade até novembro
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Foto: Canal Solar

O relatório da MP (Medida Provisória) 1.300/2025 será apresentado nesta terça-feira (2), às 14h30, na Câmara dos Deputados, com foco exclusivo na pauta da tarifa social. 

A informação foi confirmada pelo relator, deputado federal Fernando Coelho Filho, durante o 1º Fórum Análise Setorial, promovido em São Paulo (SP) pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) em parceria com a Dominium Group.

A MP 1.300 trata da ampliação da tarifa social para consumidores de baixa renda, prevendo desconto de 100% no custo de energia para consumo de até 80 kWh.

O texto também aborda outros temas relevantes, como a abertura do mercado livre para baixa tensão a partir de 2026, a revisão das regras de autoprodução e o fim do desconto de TUST/TUSD para consumidores livres.

Segundo Coelho, porém, o prazo curto de tramitação – a medida perde validade em 17 de setembro – não permite aprofundar todos esses pontos.

Por isso, a expectativa é que a MP 1.304/2025, que trata da racionalização da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e vence em novembro, absorva esses debates, incluindo também a questão dos cortes de geração (curtailment).

Ex-ministro de Minas e Energia, Coelho afirmou que a votação do relatório pode ocorrer ainda hoje. “Se não for possível, faremos amanhã”, disse ele. 

O cronograma é votar o texto na Câmara até a próxima quarta-feira e concluí-lo no Senado no dia 17. Conversei com técnicos do MME que já enviaram sugestões. É um texto conhecido pelo governo e que altera muito pouco o que foi editado originalmente”, declarou.

O parlamentar adiantou ainda que já está alinhado com o senador Eduardo Braga, relator da MP 1.304, para que o relatório incorpore também soluções para o curtailment e diretrizes para o desenvolvimento do mercado de armazenamento de energia.

Coelho reforçou a necessidade de articulação entre os agentes do setor: “2026 é ano eleitoral. Se perdermos essa janela, talvez só em 2027. Mas os problemas atuais não nos permitem esperar tanto. Precisamos construir um texto que dê previsibilidade e permita ao setor elétrico continuar se desenvolvendo com sustentabilidade.”

Ele também destacou a importância de manter os investimentos em usinas termelétricas, que, segundo ele, seguem sendo fundamentais para garantir a segurança do sistema elétrico nacional.

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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