Edição Atual
Vol.6, N°6 – Outubro/2025
Caros leitores,
A transição energética deixou de ser promessa e se tornou um processo em andamento, com avanços concretos, tensões políticas e desafios tecnológicos que se cruzam todos os dias.
O Brasil, com sua matriz predominantemente renovável e sua força científica e empresarial, é chamado agora a dar um passo além: liderar com equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade.
Esta edição do Canal Solar mergulha nesse cenário em transformação. Em um momento em que o mundo se volta para a COP30, a ser realizada em Belém, trazemos uma reportagem que recupera a história e o papel estratégico do Brasil na maior conferência climática do planeta.
O debate ambiental se amplia quando falamos sobre o destino dos módulos solares. A reportagem “Transição energética exige novo olhar sobre o fim da vida útil dos módulos solares” discute como o avanço das fontes limpas também precisa de soluções para seu ciclo completo para que o “verde” não se torne apenas uma estética, mas uma prática de economia circular.
No campo regulatório, o setor elétrico brasileiro vive um momento de profunda revisão. A pauta da modernização tarifária ganha força, e com ela vem a necessidade de repensar a lógica de cobrança, de subsídios e de justiça energética.
A reportagem “Por que o Brasil precisa modernizar sua estrutura tarifária?” mostra como essa discussão é decisiva para destravar investimentos e ampliar o acesso à energia limpa.
Na mesma direção, o artigo “DSO e o efeito na geração distribuída” propõe uma reflexão sobre o novo papel das distribuidoras diante da descentralização da geração e da digitalização das redes.
E se o futuro passa pela digitalização, também cresce o desafio de proteger as infraestruturas críticas. “O que está em jogo quando hackers miram o setor elétrico?” analisa o avanço das ameaças cibernéticas e a urgência de desenvolver protocolos de segurança e resiliência frente a um sistema cada vez mais interconectado.
Nosso olhar técnico se volta ainda para o coração da nova matriz elétrica: o armazenamento de energia. O artigo “Parâmetros-chave para dimensionar qualquer sistema de armazenamento” traz as bases de um dos temas mais estratégicos para o setor, seguido de um estudo de caso inédito — BESS vs Diesel, que avalia a viabilidade financeira e operacional de substituir geradores fósseis por baterias em sistemas do Grupo A4.
Essas discussões se completam com um tema cada vez mais presente na vida cotidiana: a mobilidade elétrica. No artigo sobre o potencial do mercado de eletrocarregadores veiculares no Brasil, mostramos como essa transição abre espaço para novos modelos de negócio, demanda por infraestrutura e oportunidades de inovação.
Falando em inovação, o artigo REDATA: novo regime tributário para datacenters no Brasil revela como o avanço da digitalização e do armazenamento de dados também redefine o consumo e a gestão energética, aproximando dois mundos que já são indissociáveis: energia e tecnologia.
Por fim, encerramos com uma análise que simboliza a maturidade do setor: “Usinas de investimentos por assinatura: o modelo que prometia altos retornos e acabou virando um investimento de alto risco.”
O artigo reflete sobre o ciclo de euforia e ajuste do mercado de geração compartilhada, expondo lições sobre governança, previsibilidade e confiança — valores indispensáveis para consolidar o setor solar e manter o interesse de investidores.
Todo o conteúdo desta edição foi pensado para oferecer ao leitor não apenas informação, mas contexto, reflexão e direção. Vivemos um tempo em que energia é sinônimo de transformação, e entender seus movimentos é fundamental para quem atua, investe ou apenas deseja compreender o que está em jogo na nova economia global.
Boa leitura!