A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou neste domingo (5) a compra do controle acionário da EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), passando a deter 70,1% do capital social da companhia. O valor da transação foi de R$ 1,13 bilhão.
O acordo envolve a aquisição de 74,9% das ações ordinárias da EMAE, pertencentes à Vórtx (na qualidade de agente fiduciário), ao preço de R$ 59,33 por ação. A Sabesp também adquiriu 66,8% das ações preferenciais, que estavam sob controle da Eletrobras, por R$ 32,07 por ação.
De acordo com o fato relevante assinado por Daniel Szlak, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Sabesp, a operação tem caráter estratégico. A companhia destacou que a aquisição reforça sua segurança hídrica e amplia sua atuação em ativos de geração elétrica.
A EMAE é responsável pela integração dos sistemas Guarapiranga e Billings, o que, segundo a Sabesp, permitirá “maior flexibilização na gestão de recursos hídricos da Região Metropolitana de São Paulo, ampliando a segurança hídrica do abastecimento e potencializando os usos múltiplos desses mananciais”.
Além disso, a EMAE possui um portfólio diversificado de geração de energia, com fluxo de caixa sólido e contratos de longo prazo indexados à inflação, o que contribui para a estabilidade financeira e geração sustentável de valor.
Atualmente, a empresa opera cinco usinas, sendo quatro hidrelétricas e uma solar flutuante, totalizando 960,8 MW de potência instalada:
- UHE Henry Borden, em Cubatão (SP) — 889 MW
- UHE Rasgão, em Pirapora do Bom Jesus — 14,5 MW
- UHE Porto Góes, em Salto — 24,3 MW
- PCH Pirapora do Bom Jesus — 25 MW
- UFV Araucária, usina solar flutuante na Represa Billings — 7 MW
A movimentação acontece poucos meses após a privatização da Sabesp, concluída em julho de 2024. Na ocasião, o Grupo Equatorial, um dos principais players do setor elétrico nacional, tornou-se investidor de referência, adquirindo 15% do capital da companhia por aproximadamente R$ 6,9 bilhões.
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