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Setembro terá recordes históricos de temperatura no Brasil

Regiões mais afetadas pela nova onda de calor no mês deverão deverão ser o Centro-Oeste, o Norte e partes do Sudeste
Setembro terá recordes históricos de temperatura no Brasil
ONS projeta aumento no consumo de energia por causa do calor extremo. Foto: Freepik

O Brasil vai enfrentar uma onda de calor sem precedentes em setembro, com temperaturas recordes sendo registradas em diversos estados, segundo alertas emitidos pelas principais instituições de meteorologia do país. 

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta que as temperaturas deverão ficar acima da média em grande parte do país, devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso.

O Climatempo, por sua vez, destaca que o Brasil passará por uma das ondas de calor mais intensas já registradas, provocada por um fenômeno conhecido como “cúpula de calor”. 

Tal fenômeno ocorre quando uma área de alta pressão se instala sobre uma vasta região, aprisionando o ar quente próximo à superfície e impedindo que se dissipe. Essa área de alta pressão age como uma tampa, intensificando as temperaturas à medida que o ar é comprimido e aquecido. 

Já a MetSul Meteorologia informa que a situação é de elevado perigo e demandará atenção das autoridades. “Serão vários estados em que o calor será muito intenso a extremo e acompanhado de ar demasiadamente seco”, destaca a companhia. 

As regiões mais afetadas deverão ser o Centro-Oeste, o Norte e partes do Sudeste, com marcas acima dos 40ºC em muitas cidades. Parte do Nordeste, como áreas do interior do Maranhão e do Piauí, devem igualmente sofrer com o calor excessivo. 

Consumo de energia 

Em razão da onda de calor, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) projeta um aumento no consumo de energia por causa do maior número de equipamentos de ventilação e de ar-condicionado ligados em residências e empresas.  

A estimativa é que a demanda de carga no SIN (Sistema Interligado Nacional) fique na média de 77.432 MW, aumento de 0,3% na comparação com o mesmo período de 2023, quando o consumo já foi elevado (em média 77.200 MW) pelas altas temperaturas naquele mês.

Em 25 e 26 de setembro do ano passado, o sistema chegou a registrar consumo superior a 96.000 MW em alguns momentos. 

Conta de luz mais cara

Para os consumidores que se preocupam com o valor da conta de luz e já iriam gastar mais do que o normal por causa do calor, a notícia não é promissora: setembro começou com a conta mais cara por causa do acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 2. 

O anúncio sinaliza maiores custos para a conta de luz do consumidor, com um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. A previsão de escassez de chuvas motivaram o acionamento de usinas térmicas, aumentando os custos da operação do sistema elétrico. 

No entendimento da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o aumento na conta de luz poderia ser menor sem cortes recorrentes nas usinas renováveis mais competitivas e menos impostos sobre as baterias.

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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