A Ilha Grande, localizada no Caribe colombiano, acaba de dar um passo em direção à sustentabilidade energética. A comunidade afrodescendente passou a contar, pela primeira vez, com fornecimento contínuo de eletricidade graças à implantação de um sistema híbrido.
A iniciativa foi desenvolvida com foco na ampliação do acesso à energia e no incentivo à transição energética da Colômbia. Com um investimento de 16,3 bilhões de pesos colombianos, o sistema beneficia mais de 1.200 pessoas, atendendo 373 propriedades – entre residências, hotéis, escolas, centros de saúde e igrejas.
Solução inteligente para um desafio histórico
A Ilha Grande enfrenta há anos dificuldades com fornecimento de energia elétrica, fator que impactava diretamente o cotidiano dos moradores, os serviços públicos e o turismo. Para mudar essa realidade, foi construída uma planta híbrida off-grid, que integra energia solar com sistemas de armazenamento e geradores a diesel.
A ATESS contribuiu com a implantação de um BESS (Battery Energy Storage System) com acoplamento CA, composto por:
- 3 inversores bidirecionais PCS250 de 250 kW, totalizando 750 kW, que realizam a conversão entre corrente alternada e corrente contínua, controlando a carga e descarga das baterias;
- 1 painel de bypass Bypass1000 de 1.000 kVA, que garante a alternância entre as fontes de energia (solar, bateria e diesel) com proteção robusta;
- 1,4 MWh em baterias BR200R, distribuídas em sete racks, que armazenam a energia solar excedente e garantem fornecimento contínuo durante períodos de alta demanda ou baixa irradiância solar.
O sistema também inclui um EMS (Energy Management System), que gerencia a produção e distribuição de energia de forma inteligente, priorizando o uso da geração solar e a estabilidade da microrrede.
Benefícios ambientais, econômicos e sociais
Desde sua entrada em operação, em abril de 2025, a usina híbrida trouxe avanços concretos para a região:
- Energia 24h por dia: pela primeira vez, a população local conta com fornecimento contínuo de eletricidade;
- Qualidade de vida: melhorias em educação, saúde, turismo e comércio;
- Descarbonização: significativa redução no uso de geradores a diesel, diminuindo custos operacionais e emissões de carbono;
- Desenvolvimento econômico: estímulo ao turismo e às vocações produtivas locais;
- Participação comunitária: a comunidade busca reconhecimento como “Comunidade Energética”, promovendo a democratização do acesso à energia.
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