A energia solar e a eólica responderam por 34% da eletricidade gerada no Brasil em agosto de 2025, o maior índice já registrado. A produção conjunta atingiu 19 TWh, superando o recorde anterior de 18,6 TWh, registrado em setembro de 2024.
O avanço ocorre no momento em que a geração hidrelétrica caiu para 48%, seu menor patamar desde 2021, em meio à seca. Os dados integram a pesquisa da Ember Energy, no dia 11 de setembro.
Mesmo com a baixa das hidrelétricas, a geração fóssil ficou em apenas 14% (7,8 TWh), bem abaixo dos 26% registrados no mesmo mês de 2021. Segundo a Ember, a ampliação da capacidade renovável tem sido crucial para evitar maior uso de carvão e gás. “A diversificação energética tornou o Brasil mais resiliente, mesmo em cenários de crise hídrica”, afirma Raul Miranda, diretor global da Ember.
Nos últimos cinco anos, a participação da energia solar na matriz elétrica sextuplicou, passando de 2,2% para 13%. A eólica também avançou, de 15% para 21% no mesmo período. Em 2024, juntas, essas fontes somaram 24% da eletricidade gerada no país, mais que o dobro de 2019, contribuindo para uma queda de 31% nas emissões do setor.
O desafio agora é manter o ritmo de expansão. A capacidade solar instalada caiu de 9,9 GW para 7,1 GW no primeiro semestre de 2025, impactada por gargalos na conexão à rede e incertezas regulatórias. Leilões de transmissão e novas regras para compensação visam destravar investimentos e garantir que o avanço das renováveis continue a atender à crescente demanda elétrica.
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