A Suíça deu um passo importante em direção à eficiência energética e ao uso inteligente de espaços urbanos. Na região de Berna, a estação de tratamento de águas residuais de Thunersee acaba de inaugurar o maior sistema fotovoltaico dobrável do mundo, desenvolvido pela dhp Technology.
A solução alia engenharia leve, inovação mecânica e sustentabilidade ao transformar a cobertura de canais de tratamento em uma fonte capaz de gerar 3,6 MW de energia, sem demandar novas áreas construídas.
Com mais de 23.000 m² de módulos solares, o sistema utiliza uma tecnologia de retração automática inspirada na engenharia de teleféricos, uma especialidade suíça. O sistema garante que, em cenários de tempestade, neve ou granizo, o telhado se recolha para proteção, garantindo operação contínua e segura.
Economia e segurança energética
A expectativa é que a usina produza cerca de 3 GWh por ano, volume que será utilizado pela própria estação de tratamento. O modelo reduz custos operacionais, fortalece a autonomia energética e cria uma camada adicional de proteção sobre as estruturas existentes.
Para Ingo Schoppe, diretor-geral da ARA Thunersee, o projeto representa uma mudança de paradigma:
“Estamos usando o espaço existente de forma inteligente e contribuindo para a segurança do abastecimento, a eficiência econômica e a proteção climática.”
Aço leve viabiliza resistência e agilidade
Um dos elementos-chave da instalação é a estrutura de aço leve, projetada para oferecer alta durabilidade mesmo em um ambiente corrosivo como o de uma estação de tratamento. Foram instaladas 174 toneladas de aço em 624 pontos, fixados até um metro de profundidade.
Segundo o diretor de operações da dhp Technology, Lars Färber; “A estrutura em aço leve é o suporte ideal para uma tecnologia solar móvel; forte, eficiente e preparada para o futuro.”
Modelo para o futuro: sistemas de bateria
A realização do projeto só foi possível graças à forte colaboração entre equipe técnica, fornecedores e avaliadores independentes. Inicialmente planejado como um único bloco, o sistema acabou sendo construído em duas fases devido ao processo de licenciamento, uma mudança que, segundo a ARA Thunersee, foi tratada de forma pragmática e eficiente.
Para Ingo Schoppe, diretor da estação de tratamento, a iniciativa demonstra como infraestrutura pública pode contribuir de forma decisiva para a transição energética:
“Estamos usando o espaço existente de forma inteligente e fortalecendo nossa autonomia energética. Já planejamos avançar com sistemas de baterias para ingressar no mercado de energia de regulação.”
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