O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (7) uma ordem executiva que visa restringir ou revogar créditos fiscais destinados a projetos de energia solar e eólica no país.
No documento, Trump alega que a solar e a eólica não são confiáveis e representam risco à segurança nacional por dependerem de cadeias de suprimentos estrangeiras. Na prática, o decreto instrui o Departamento do Tesouro a aplicar uma eliminação gradual dos créditos fiscais para projetos renováveis.
Além disso, o Departamento do Interior foi orientado a revisar políticas que, segundo o presidente, beneficiam as fontes limpas em detrimento de outras. Ambas as pastas têm 45 dias para enviar à Casa Branca um relatório com as ações adotadas.
“O presidente Trump está comprometido em liberar a energia americana e impedir que os contribuintes americanos financiem políticas energéticas caras e não confiáveis”, destaca a ordem executiva.
O pacote de corte de impostos e gastos foi aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos e prevê o encerramento dos créditos fiscais para projetos de energia renovável após 2026, caso não tenham iniciado sua construção até lá. Antes da mudança, os empreendedores podiam solicitar créditos de até 30% para projetos iniciados até 2032.
Mercado reage e ações do setor recuam
A publicação do decreto gerou impacto imediato no mercado financeiro. Na manhã desta terça-feira (8), as ações de empresas do setor de energias renováveis apresentaram queda no pré-mercado em Wall Street.
A Enphase Energy e a SolarEdge Technologies, por exemplo, recuaram 1,8% e 3,5%, respectivamente, antes da abertura oficial do pregão. A decisão foi avaliada pelo mercado como mais um revés para o avanço das fontes limpas nos Estados Unidos.
Com informações da Agência Reuters
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