A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) inaugurou nesta semana um sistema agrivoltaico no Laboratório de Energia Solar Fotovoltaica, no Sapiens Parque, em Florianópolis (SC). A nova infraestrutura é considerada um marco para a pesquisa em energia solar na instituição.
Desenvolvido em parceria com a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), o sistema integra, no mesmo terreno, a geração de energia por meio de painéis solares e a produção agrícola.
A Epagri é responsável pela condução das atividades relacionadas às culturas, enquanto a UFSC lidera o desenvolvimento, a implementação e a avaliação das soluções fotovoltaicas.
O objetivo é avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental dessa combinação, utilizando áreas tradicionalmente dedicadas ao cultivo para também abrigar painéis fotovoltaicas – seja em estruturas elevadas sobre as plantações, seja em cercas solares.
Com isso, a universidade catarinense busca ampliar o aproveitamento do solo, produzir energia limpa e manter a eficiência produtiva das lavouras.
As pesquisas contemplam o teste de diferentes espécies vegetais para identificar aquelas que melhor se adaptam à redução parcial da incidência direta de luz, sem perdas significativas de produtividade.
Serão também analisadas configurações de sombreamento, distanciamento e altura dos painéis, com o propósito de maximizar simultaneamente a geração de energia e o rendimento agrícola.
Benefícios esperados
O projeto conta com financiamento da Repsol Sinopec, empresa espanhola do setor de energia, e o apoio de outras instituições parceiras.
Entre os potenciais benefícios esperados estão o aumento da produtividade do solo por meio do uso múltiplo da terra, a otimização de recursos naturais, a redução de impactos ambientais e o fortalecimento da resiliência do campo frente às mudanças climáticas, com ganhos de segurança energética.
De acordo com o reitor Irineu Manoel de Souza, a integração entre produção agrícola e geração solar amplia a produtividade, otimiza recursos e fortalece a resposta às mudanças climáticas.
“Que este espaço seja fértil em ideias, resultados e parcerias, e que daqui surjam pesquisas, protótipos e políticas de referência para Santa Catarina e para o Brasil”, disse ele.
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