ANEEL amplia orçamento da CDE para R$ 49,2 bilhões

Novo orçamento anual foi aprovado pela Agência nesta terça-feira (15) e terá aumento de 32,4%
Canal Solar - ANEEL amplia orçamento da CDE para R$ 49,2 bilhões
Foto: Michel Jesus/ANEEL

A diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou, nesta terça-feira (15), o novo orçamento anual da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que terá um aumento de 32,4% e chegará a R$ 49,2 bilhões. A medida é tomada pouco após o governo publicar a MP (medida provisória) 1.304/2025, que estabelece um teto para a CDE e visa limitar o impacto nas tarifas para os consumidores.

Esse teto, todavia, só será determinado pelo orçamento para 2026. A cifra aprovada pela cúpula da ANEEL supera os R$ 37,1 bilhões de 2024. A MP também cria o Encargo de Complemento de Recursos, de onde sairão os valores que ultrapassarem o dito teto.

Na exposição dos números à ANEEL, o impacto tarifário da CDE em 2025 para consumidores de baixa tensão varia entre 1,17% e 3,85% no Norte e Nordeste, e entre 2,07% e 5,76% para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O projeto foi aprovado com três votos da cúpula da ANEEL. Foram favoráveis o diretor-relator, Fernando Mosna, a diretora Agnes Costa (na ocasião, atuando como diretora-geral, devido à ausência do titular Sandoval Feitosa) e o recém-empossado diretor substituto, Ivo Sechi Nazareno. Sandoval e o também diretor substituto Daniel Danna não participaram da votação.

“Esse orçamento é uma triste fotografia de quando o setor elétrico e os consumidores têm arcado com diversas políticas públicas que eventualmente não lhes caberia mais ficar pagando, mas essa não é uma discussão da regulação”, disparou a diretora Agnes Costa.

Ela também pontuou que tem chamado a atenção para a evolução do orçamento da CDE. “Agora temos duas medidas provisórias no Congresso, que agora tem essa oportunidade de se debruçar sobre a destinação dos recursos da CDE para revisitar a necessidade de manutenção de alguns desses usos, considerando eventualmente outros mais prioritários e que vem sendo sinalizados pelas políticas públicas mais recentes”, disse. 

Agnes Costa, diretora da ANEEL. Foto: Michel Jesus/ANEEL

Contudo salientou que “sempre temos visto sempre esse movimento de aumentar as destinações da CDE sem retirada de itens que talvez sejam menos prioritários hoje, considerando o cenário de quando eles foram incluídos”, completou a diretora.

Além da MP 1.304/2025, tramita no Congresso Nacional a MP 1.300/2025, que promove uma reforma no setor elétrico brasileiro. Foi criada uma comissão especial reunindo deputados e senadores para analisar a matéria, cujo texto já recebeu mais de 600 emendas. O relator da medida, deputado federal Fernando Filho, disse na semana passada que a comissão deve ser instalada em agosto, após o recesso parlamentar. Isso porque a morosidade no tema preocupa agentes do setor.

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Foto de Manoel Guimarães
Manoel Guimarães
Atuou como repórter, locutor de rádio e assessor de comunicação. Passagens por redações e pelos três Poderes da República. Acompanha o setor elétrico desde 2016.

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