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ANEEL anuncia bandeira vermelha 2 após três anos 

Previsão de escassez de chuvas e o clima seco com temperaturas altas motivaram decisão, segundo a Agência
ANEEL anuncia bandeira vermelha 2 após três anos
Conta de luz ficará mais cara em setembro no Brasil. Foto: Freepik

O mês de setembro começou com a conta de energia elétrica mais cara para os consumidores brasileiros, com o acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 2 autorizado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).  

A previsão de escassez de chuvas e o clima seco com temperaturas altas motivaram o acionamento de usinas térmicas, aumentando os custos da operação do sistema elétrico.

Com a previsão de chuvas abaixo da média no próximo mês, o volume de água nos reservatórios das hidrelétricas do país também deve ficar cerca de 50% abaixo da média. 

O anúncio da mudança na bandeira sinaliza maiores custos para a geração de energia elétrica, com um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. 

Esta é a primeira vez em três anos que a bandeira vermelha patamar 2 é acionada (a última foi em agosto de 2021).

Nos últimos dois anos, o Brasil vinha de uma sequência de bandeiras verdes iniciadas em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida novamente de mais uma bandeira verde em agosto.

“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que as hidrelétricas, passem a operar mais”, explicou a ANEEL.

Bandeira tarifária 

Criada pela ANEEL em 2015, o sistema de bandeira tarifária é um mecanismo que aplica uma cobrança adicional nas contas de luz dos consumidores sempre que ocorre um aumento do custo da produção de energia no país em função da disponibilidade de recursos hídricos. 

As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, a única sem custo extra.

“As bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, segundo a ANEEL.

“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios”, ressaltou a Agência. 

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

2 respostas

  1. Seca, quem é o culpado? Derrubada de florestas, de matas ciliares, de mananciais, falta agua na UHE Belo Monte de 11.35 GW (18 turbinas, opera só 1/2, menos de 3% da capacidade), por que durante 35 anos deterioraram as cabeceiras e bacia do Rio Xingu, mesmo assim UHE Belo Monte não daria certo, a não ser para a EPE, que empinou a jabuticaba de a fio d’agua, uma marketada, gastamos 40 Bi para nada, deixamos de fazer outras hidrelétricas mais viáveis, de investir em subestações e linhas de transmissão, (que hoje faltam para ampliar o solar), e estamos empinando mais uma jabuticaba, a crença que solar resolve, e com baterias, marketada acéfala. Sem constante, a intermitente não supre e não ha equilíbrio, não existe mágica, ações estratégicas urgentes: Regeneração de Florestas e Recuperação de Matas Ciliares e Mananciais. O Brasil está sendo tomado pelas marketadas e segue sem estratégia a mais de 50 anos!

  2. Em 2021 o culpado era Bolsonaro. Porque agora é inadimissível qualquer inferência a Lula. Até porque o consumo de energia solar aumentou bruscamente nos últimos anos, na maior parte devido aos investimentos privados e particulares feitos nesta área.

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