Com o avanço das tecnologias de armazenamento de energia no Brasil, seja em projetos híbridos com geração fotovoltaica ou em instalações dedicadas exclusivamente a bancos de baterias, as empresas que atuam nesse segmento têm adotado práticas cada vez mais eficientes em segurança, dimensionamento, instalação, operação e manutenção.
De acordo com a TTS Energia — empresa especializada em engenharia e construção de usinas solares e soluções sustentáveis —, alguns dos principais fatores que determinam a eficiência dos projetos com armazenamento, tanto em residências quanto em empreendimentos industriais, comerciais e rurais, incluem:
- O dimensionamento correto do sistema;
- A análise de viabilidade econômica;
- O aproveitamento do autoconsumo solar;
- A implementação de sistemas de monitoramento contínuo;
- A escolha criteriosa dos equipamentos e a definição clara dos objetivos da instalação, como a redução de custos com energia,
- O fornecimento de energia de backup para cargas críticas e o aumento da autonomia.
“Projetos com armazenamento energético exigem precisão técnica e acompanhamento constante. O sucesso está em unir engenharia de qualidade, tecnologia adequada e um pós-venda ativo. É isso que garante performance, rentabilidade, segurança e longevidade dos sistemas”, destaca Jacques Hulshof, CEO da TTS Energia.
Confira abaixo algumas das boas práticas recomendadas pela TTS Energia para a instalação de sistemas de baterias.
1-) Dimensionamento técnico: o ponto de partida para um projeto bem-sucedido
O dimensionamento de um sistema com BESS deve começar por uma análise detalhada da carga do cliente, baseada em dados de memória de massa com leituras a cada 15 minutos, além da definição do regime de operação desejado – como backup, peak shaving ou load shifting.
Essa análise permite calcular corretamente a capacidade de armazenamento (kWh) e a potência do BESS (kW) em função da autonomia desejada e da profundidade de descarga das baterias, garantindo desempenho e segurança.
2) Recomendações para o cliente final
O sucesso de um projeto híbrido depende, em grande parte, de o cliente compreender bem suas necessidades e objetivos. A empresa recomenda analisar o perfil de consumo, identificando horários de pico e padrões de demanda, além de definir claramente os objetivos do sistema, como redução de custos com energia, fornecimento de energia de backup para cargas críticas ou aumento da autonomia e autoconsumo solar.
Também é preciso realizar uma análise de viabilidade econômica, considerando investimento inicial (CAPEX), custos operacionais, manutenção e retorno sobre o investimento (ROI), bem como escolher um fornecedor qualificado, com experiência comprovada em projetos que integrem geração solar e armazenamento, portfólio robusto e suporte pós-venda estruturado.
3) Recomendações para fornecedores e integradores
Os projetos com BESS exigem nível técnico superior aos sistemas fotovoltaicos convencionais. Para garantir a performance e a longevidade do sistema, o fornecedor deve contar com equipe técnica qualificada e especializada, realizar análise criteriosa do perfil de consumo do cliente, usando dados de memória de massa e considerando seus objetivos específicos.
Além disso, deve-se dominar as tecnologias e equipamentos disponíveis, conhecendo as características, vantagens e limitações de diferentes tipos de baterias, inversores e sistemas de gerenciamento (BMS e EMS).
É necessário seguir a regulação vigente e as normas técnicas aplicáveis para segurança e eficiência energética. Essas práticas asseguram que cada projeto entregue máxima eficiência operacional e segurança, evitando falhas e garantindo o melhor custo-benefício.
4) Escolha dos equipamentos: etapa decisiva
A seleção dos equipamentos solares, baterias e inversores deve ser feita com critérios técnicos rigorosos. A escolha incorreta pode impactar o desempenho e a vida útil do sistema, gerando riscos como baixa performance, danos aos equipamentos e até acidentes devido ao superaquecimento das baterias.
5) Monitoramento e manutenção: pilares da segurança e rentabilidade
O monitoramento e manutenção adequados são essenciais para garantir a segurança e o retorno econômico do investimento.
Um sistema híbrido deve ser constantemente monitorado, com acompanhamento em tempo real de variáveis como geração fotovoltaica, estado de carga das baterias (tensão, corrente e temperatura), consumo da carga e fluxo de energia entre painéis, baterias, rede e unidade consumidora.
6) Programas de manutenção:
A manutenção preventiva deve contemplar inspeções periódicas, limpeza dos painéis, verificação de conexões, atualização de softwares e revisão das baterias. Já a manutenção corretiva deve, quando necessária, ser acionada rapidamente por meio do monitoramento remoto para reduzir o tempo de inatividade e evitar perdas financeiras.
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