Brasil e China oficializam convênio para o setor solar

ABSOLAR e a CPIA buscam ampliar investimentos e o crescimento de integradores e demais companhias
Brasil e China oficializam convênio para indústria e empresas do setor solar
Encontro ocorreu na sede do FIESP, em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (11). Foto: ABSOLAR/Divulgação

A ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e a CPIA (Associação da Indústria Fotovoltaica da China, na sigla em inglês) promoveram, nesta quinta-feira (11), um encontro que oficializou a criação de um convênio que promete ampliar investimentos e o crescimento de empresas do setor de energia solar nos dois países.   

O evento – que ocorreu na sede da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo (SP) – também reuniu representantes do governo brasileiro e chinês, além de instituições que auxiliarão no desenvolvimento deste acordo bilateral, como a Apex Brasil.

O Canal Solar marcou presença no encontro e conversou com as autoridades presentes para trazer nesta reportagem os principais detalhes do convênio que promete impactar positivamente a cadeira produtiva e as empresas do setor solar, sejam elas pequenas, médias ou de grande porte. 

Em entrevista exclusiva, Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, explicou que o convênio oficializado é algo que já vinha sendo orquestrado pelas associações e pelos governos do Brasil e da China há algum tempo, com direito a uma visita da comitiva brasileira à Shangai, na China, realizada em 2023.

O executivo disse que o acordo é formado por três escopos estratégicos de atuação, sendo eles:

  • Técnico e tecnológico: inclui o desenvolvimento de regras e padrões de qualidade para pesquisa, fabricação, desenvolvimento e inovação de novos produtos e tecnologias fotovoltaicas, além de ações voltadas para a capacitação de profissionais do setor. 
  • Políticas públicas: trabalho voltado para a estruturação e o fortalecimento das condições favoráveis de negócios na China e no Brasil em energia solar e novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e o hidrogênio verde. 
  • Comercial: empresas brasileiras e chinesas são as grandes protagonistas desse escopo, uma vez que poderão buscar oportunidades de negócios por meio de intercâmbios culturais e de um contato mais direto com fornecedores, fabricantes e investidores dos dois países via intermédio da ABSOLAR e da CPIA.

Em relação ao último tópico, Sauaia destacou que as empresas interessadas (sejam elas associadas ou não a ABSOLAR) precisam apenas entrar em contato com a entidade para fazerem parte.

“Uma vez que a empresa fizer a adesão, ela poderá ter acesso a uma série de ações e iniciativas que a ABSOLAR desenvolverá para a China e também para outros mercados estratégicos”, destacou o executivo.  

Segundo ele, as ações já estão sendo planejadas e serão anunciadas oportunamente, pois “temos ainda que esperar algumas etapas específicas do processo interno do Governo Federal”, disse ele.  

“As empresas já podem entrar em contato com a ABSOLAR. Já temos um pacote inicial com informações que foram autorizadas pelo Governo Federal a disponibilizar. Vamos ao longo deste ano, divulgando cada vez mais informações”, salientou Sauaia. 

Fomento da indústria

Também em entrevista exclusiva ao Canal Solar, durante o evento, Carlos Padilla, head de investimentos da Apex Brasil, explicou que o convênio buscará fortalecer ações de inteligência para identificar quais são as principais oportunidades da cadeia produtiva solar no Brasil e também de armazenamento de energia e hidrogênio verde.

Carlos Padilla, da Apex Brasil, em entrevista ao Canal Solar. Foto: Divulgação

O executivo comentou que a ideia é viabilizar plataformas para promoção dos investimentos no Brasil e no exterior, com uma orientação customizada para investidores internacionais sobre o mercado brasileiro. 

Ou seja, o objetivo é também ajudar empresas chinesas a conhecerem as peculiaridades do mercado solar nacional, de modo a incentivar elas a virem para o Brasil para produzirem mais equipamentos que possam ser utilizados e consumidos no país. 

“Além disso, pretendemos construir um portfólio de oportunidades de investimentos que vai ser uma mescla de setor privado e público para empresas que desejem formar parcerias com empresas internacionais. A partir da Intersolar South America (final de agosto deste ano) mais informações serão divulgadas”, ressaltou Padilla. 

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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